Uhuru

Na-na-na-na-na
Na-na-na-na-na, yeah
Na-na-na-na-na, yeah

E eu optei por lutar e hoje a situação permite
Correr sem ser pra fugir, querer sem ter que pedir
Fazer ao invés de assistir, repetir se necessário
Sem medo de admitir quando errado tô

Encaro e vou porque outra chance há de surgir
Tem dias que dá vontade de sumir, se esconder do mundo
A realidade é que eu só posso depender de mim
Pra fazer por mim ou pra lutar por todo mundo

Reformular pensamentos a cada verso
Perpetuar o certo mesmo que isso traga dores
Meus valores em comparação com minhas cicatrizes
São equivalentes, a cada tombo, uma lição

Cada nova questão meu universo entra em crise
Cada solução que surge exige um brinde
No dia em que eu não tiver mais com o que me preocupar
Talvez sejam os dias mais tristes que irei viver

Não vim pra derramar mágoas, beats não merecem isso
Vim dar orgulho pros meus agora e vivo
Gueto canta comigo a plenos pulmões, rompem-se grilhões
Que mantêm presos sonhos e corações

Faz parecer que é certo isso, se eu não prossigo
Quantos mais vão se perder por isso?
Poucos vão tá comigo, eu nem ligo, sigo e venço
Convenço de que é foda, mas compensa

Maior das minhas proezas compartilho em poesia
Queimando igual azia na ressaca dos teus bons costumes
Entre outras culturas que estruturam vitrines
O meu tom de pele escuro impede que eu faça só música

E de forma lúdica eu me posiciono, eu não me condiciono
E isso é o que mais me tira o sono
Talvez essa seja a única ou a última chance
Eu só vou saber se eu me propor a correr o tempo todo
Viver o tempo todo

Sonhar como se fosse comum almejar aquilo tudo
Que não ilude a mente, não infla o ego e não engorda o bolso
E viver não é só isso?
Ser útil para o povo, útil para os manos seus



Credits
Writer(s): Carlos Eduardo Alves Da Rocha, Julio Cesar Correa Farias
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