Zingaro

Já conheço os passos dessa estrada
Sei que não vai dar em nada
Seus segredos sei de cor
Já conheço as pedras do caminho
E sei também que ali sozinho
Eu vou ficar tanto pior

O que é que eu posso contra o encanto desse amor
Que eu nego tanto, evito tanto
E que no entanto volta sempre a enfeitiçar

Com seus mesmos tristes, velhos fatos
Que num álbum de retratos
Eu teimo em colecionar

Lá vou eu de novo, como um tolo
Procurar o desconsolo que cansei de conhecer
Novos dias tristes, noites claras
Versos, cartas, minha cara ainda volto a lhe escrever

Pra lhe dizer que isso é pecado
Trago o peito tão marcado
De lembranças do passado e você sabe a razão

Vou colecionar mais um soneto
Outro retrato em branco e preto
A maltratar meu coração

Já conheço os passos dessa estrada
Sei que não vai dar em nada
Seus segredos sei de cor
Já conheço as pedras do caminho
E sei também que ali sozinho
Eu vou ficar tanto pior

O que é que eu posso
Contra o encanto desse amor
Que eu nego tanto, evito tanto
E que no entanto volta sempre a enfeitiçar

Com seus mesmos tristes, velhos fatos
Que num álbum de retratos
Eu teimo em colecionar

Lá vou eu de novo como um tolo
Procurar o desconsolo que cansei de conhecer
Novos dias tristes, noites claras
Versos, cartas, minha cara ainda volto a lhe escrever

Pra lhe dizer que isso é pecado
Trago o peito tão marcado
De lembranças do passado e você sabe a razão

Vou colecionar mais um soneto
Outro retrato em branco e preto
A maltratar meu coração

Vou colecionar mais um soneto
Outro retrato em branco e preto
A maltratar meu coração



Credits
Writer(s): Antonio Carlos Brasileiro De Almeida Jobim
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