Vôo Cego - Ao Vivo No Rio De Janeiro / 2008

Sem olhar o céu, sinto ele passar
Arrastando estrelas sobre o que eu pensar
Minha intuição, noite sem luar
Vôo cego de morcego, meu radar

Quase sem sentir, veio inspiração
Aflorou com o cheiro que a terra dá
Nas chuvas de verão
E o que quer de mim, nunca vi saber
Hoje posso ao menos procurar

Quem já nasce feito, não sabe desse dom
De tirar sustento da imaginação
Quem já nasce feito, não sabe desse dom
Construir castelos que nascem na ilusão

Tente imaginar como pode ser
Quando o livre arbítrio nós fizermos jus
E o que quer de nós esse tal poder?
Toda escolha traz uma renúncia à luz

Só se dá valor pela privação
Só quem já cruzou desertos
Saberá chorar em frente ao mar
Só nos cabe a dor frente à evolução
Mas não precisava ser assim

Por que só na pele se vê o que se faz?
Como só as guerras nos fazem ver a paz?
Por que só na fome, na dor, na solidão
Onde todos os homens descobrem-se irmãos?

Por que só na pele se vê o que se faz?
Como só as guerras nos fazem ver a paz?
Por que só na fome, na dor, na solidão
Onde todos os homens descobrem-se irmãos?
Onde todos os homens descobrem-se irmãos?



Credits
Writer(s): Jorge Luiz Sant'anna Vercillo
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