Cuidei Que Tinha Morrido

Ao passar pelo ribeiro
Onde às vezes me debruço
Fitou-me alguém corpo inteiro
Dobrado como um soluço

Pupilas negras, tão laças
Raízes iguais as minhas
Meu amor, quando me enlaças
Porventura as adivinhas
Meu amor, quando me enlaças

Que palidez nesse rosto
Sob o lençol do luar
Tal e qual quem alça o posto
Estivera agonizar

Deram-me então por conselho
Tirar de mim o sentido
Mas depois vendo-me ao espelho
Cuidei que tinha morrido
Cuidei que tinha morrido



Credits
Writer(s): Alain Oulman, Pedro Da Cunha
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