A Praça o Povo e o Poeta

Na vida e no carnaval
A praça é mais democrática
Independente de raça
A praça é mais ecumênica

Independente de crença
Independente de classe
Assim como de aparência

Não sei se há consciência
Ao longo as avenidas
A praça concentra vidas
E é lindo ver tanta gente

Unida naqueles vazos
E sendo assim um abraço
Torna-se quase iminente

A praça que eu tenho em mente
Viveu momentos de glória
Carrega na sua história
Músicas e poesias

Que guardam no imaginário
Sentimentos libertários
Daqueles melhores dias

Será que o tempo avalia
E dando a volta por cima
Mais uma vez aproxima
A praça, o povo e o poeta

Um novo hino eu componho
Pra alimentar esse sonho
Esse desejo, essa meta

Eu quero a praça repleta
Eu quero todas as tribos
A legião dos amigos
As bichas, os travestis

Figuras tão delirantes
As diferenças gritantes
Lá, se tornando sutis

Não sei viver infeliz
Vi o poeta tristonho
Tomando o lugar do sonho
O abandono, lamento

Não sei como foi capaz
De ver os seus ideais
Caírem no esquecimento

Aos pés do teu monumento
Eu quero a lama da praça
O povo a brincar, de graça
Os loucos e os artistas

A emoção que transborda
Que não precisa de corda
Pra garantir as conquistas

Eu gosto de quem se arrisca
Arquitetando os seus planos
E nem com o passar dos anos
Deixa de ser sonhador

É nessa que a gente embarca
E o destino marca
Não se encontra em Salvador

Quero te ver, meu amor
No auge dos arrepios
Vivendo encontro dos trios
Dizendo a quem não tem fé

Salve-se, salve-se, salve-se
Se jogue na Castro Alves
E seja o que Deus quiser

Se jogue na Castro Alves
E seja o que Deus quiser
E seja o que Deus quiser
O que Deus quiser



Credits
Writer(s): Antonio Pires
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