Beira de Estrada

Mais uma tarde cai e eu
Perdido no sono, engano a dor
Quando o fracasso enfim
Começa a gritar
Eu cerro os ouvidos

Essa fogueira canta
Aquilo que eu já não posso falar
Parece simples parar
A fim de escutar
Minha vida estalando

O suor nos meus olhos embaça o
Futuro em que me vejo
E a certeza é bem menor que
O sertão dentro de mim
Com a garganta inchada eu engulo
A ingênua mocidade que feri

No meu rosto eu carrego a boca que
Cospe no desejo
De arrombar todas as portas
Que se fecham para mim
A verdade trancada é muito
Mais simples que a verdade que é livre

Pelo barro da beira da estrada
Eu deslizo em direção a nada
Receoso de nunca levantar



Credits
Writer(s): Raphael Carvalho Gimenes
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