Sino Da Minha Aldeia / Cantigas De Roda / Quadrinhas - Ao Vivo

Ó sino da minha aldeia
Dolente na tarde calma
Cada tua badalada
Soa dentro de minh'alma

E é tão lento o teu soar
Tão como triste da vida
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida

Por mais que me tanjas perto
Quando passo sempre errante
És para mim como um sonho
Soas-me na alma distante

A cada pancada tua
Vibrante no céu aberto
Sinto mais longe o passado
Sinto a saudade mais perto

Sinto mais longe o passado
Sinto a saudade mais perto

Eu morava na areia, sereia
Me mudei para o sertão, sereia
Aprendi a namorar, sereia
Com aperto de mão, ô sereiá

Lá vem a chuva, sabiá
Em beira-mar, sabiá
Vai ver teu ninho, sabiá
Pra não molhar, chô! Sabiá

A rosa vermelha
É do bem querer
A rosa vermelha e branca
Hei de amar até morrer

A rosa vermelha
É do bem querer
A rosa vermelha e branca
Hei de amar até morrer

Quem tem dois corações
Me faça presente de um
Que já fui dona de dois
E já não tenho nenhum

Quem tem dois corações
Me faça presente de um
Que já fui dona de dois
E já não tenho nenhum

Dá-me beijos, dá-me tantos
Que enleado em teus encantos
Preso nos abraços teus
Eu não sinta a própria vida
Nem minh'alma ave perdida
No azul amor dos teus céus

Botão de rosa menina
Carinhosa, pequenina
Corpinho de tentação
Vem morar na minha vida
Dá em ti terna guarida
Ao meu pobre coração

Quando passo um dia inteiro
Sem ver o meu amorzinho
Cobre-me um frio de Janeiro
No Junho do meu carinho

Quando passo um dia inteiro
Sem ver o meu amorzinho
Cobre-me um frio de Janeiro
No Junho do meu carinho

Quem tem dois corações
Me faça presente de um
Que já fui dona de dois
E já não tenho nenhum

Quem tem dois corações
Me faça presente de um
Que já fui dona de dois
E já não tenho nenhum



Credits
Writer(s): Fernando Pessoa, Folclore Baiano, Roberto Mendes
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