Escroque
Em matéria de escroque
Ele era um craque
Trapaceiro descarado
Trambiqueiro nato
Mas é sempre protegido
Tem padrinho, claro!
É amigo de ministro
E de magistrado
Até que um dia teve um treco
Troço encrencado
Grampeado numa treta
Tinha até retrato
Desta vez não teve trato
E foi trancafiado
Quem teria lhe entregado
Ficou intrigado
Trinta meses no distrito
Foi um baita estrago
Viu o sol nascer quadrado
Ficou muito bravo
Ele iria dar o troco
No traíra ingrato...
O X-9 infiltrado
Vai ganhar um trato
Quem seria o desgraçado
Que o deixou de quatro
Preparou a sua tropa
Para encontrá-lo
Com certeza esse traste
Deixou algum rastro
Mas a procura pelo cabra
Era um fracasso...
Até que um cara torturado
Entregou o trapo
Era, sim, seu empregado
Quem tinha tramado
Amarrado como escravo
Foi capturado
Pagaria pelo escracho
Pobre do coitado
Foi trazido e quebrado
Perna e dois braços
Trituraram suas tripas
Haja esparadrapo
Dizem que o retardado
Repetia, fraco...
"Eu não sei do que se trata"
Teria jurado
Foi cremado numa gruta
Sem nenhum registro
Num buraco bem sinistro
Cheio de detrito
Um castigo merecido
Um fim bem sofrido
Fez o chefe mais tranquilo
Era o fim do atrito
Mas um dia veio o Brito
Outro dos cabritos
Confessar sua trapaça
Seu pecado triplo
Tinha sido ele o "prego"
E não o truta frito
O chefão soltou um grito:
"Eu não acredito!"
Decidiu ser bem discreto
E baixou decreto
Esse caso é secreto
Melhor deixar quieto
Quem falar desse desastre
Será erro grave
O perigo era concreto
De voltar pras grades
Hoje vive em Brasília
E tem prosperado
Aumentou sua quadrilha
Cobra até dobrado
Sua estrela ainda brilha
E é considerado
Candidato favorito
Pra ser deputado
Pra limpar aquela encrenca
Sim, é previsível
Com cobra não se brinca
Olha que terrível
O que se sabe sobre o Brito
Ouça e acredite:
É que mudou-se para Trípoli
E morreu de gripe...
Ele era um craque
Trapaceiro descarado
Trambiqueiro nato
Mas é sempre protegido
Tem padrinho, claro!
É amigo de ministro
E de magistrado
Até que um dia teve um treco
Troço encrencado
Grampeado numa treta
Tinha até retrato
Desta vez não teve trato
E foi trancafiado
Quem teria lhe entregado
Ficou intrigado
Trinta meses no distrito
Foi um baita estrago
Viu o sol nascer quadrado
Ficou muito bravo
Ele iria dar o troco
No traíra ingrato...
O X-9 infiltrado
Vai ganhar um trato
Quem seria o desgraçado
Que o deixou de quatro
Preparou a sua tropa
Para encontrá-lo
Com certeza esse traste
Deixou algum rastro
Mas a procura pelo cabra
Era um fracasso...
Até que um cara torturado
Entregou o trapo
Era, sim, seu empregado
Quem tinha tramado
Amarrado como escravo
Foi capturado
Pagaria pelo escracho
Pobre do coitado
Foi trazido e quebrado
Perna e dois braços
Trituraram suas tripas
Haja esparadrapo
Dizem que o retardado
Repetia, fraco...
"Eu não sei do que se trata"
Teria jurado
Foi cremado numa gruta
Sem nenhum registro
Num buraco bem sinistro
Cheio de detrito
Um castigo merecido
Um fim bem sofrido
Fez o chefe mais tranquilo
Era o fim do atrito
Mas um dia veio o Brito
Outro dos cabritos
Confessar sua trapaça
Seu pecado triplo
Tinha sido ele o "prego"
E não o truta frito
O chefão soltou um grito:
"Eu não acredito!"
Decidiu ser bem discreto
E baixou decreto
Esse caso é secreto
Melhor deixar quieto
Quem falar desse desastre
Será erro grave
O perigo era concreto
De voltar pras grades
Hoje vive em Brasília
E tem prosperado
Aumentou sua quadrilha
Cobra até dobrado
Sua estrela ainda brilha
E é considerado
Candidato favorito
Pra ser deputado
Pra limpar aquela encrenca
Sim, é previsível
Com cobra não se brinca
Olha que terrível
O que se sabe sobre o Brito
Ouça e acredite:
É que mudou-se para Trípoli
E morreu de gripe...
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