Cais

Se eu não quisesse ir, eu sei que ainda assim
A vida ia me levar pra ti
Todo cais, tanta paz, assim sem mais

Deixando para trás todos os ais da lida
Sabendo que há sempre muito mais da vida

Se eu não quisesse ir, eu sei que ainda assim
A vida ia me levar pra ti
Todo cais, tanta paz, assim sem mais

Deixando para trás todos os ais da lida
Sabendo que há sempre muito mais da vida

Ribeiro de águas vermelhas, atiro-me
Em acerejados cabelos, tal qual cachoeira jorrando em mim
Tal cor me alivia o cinza dos olhos
Colore o cimento do meu muro interno
Esquenta o tom que outrora foi gelo

Arroio manso de mistérios serenos
A dama do jogo, corpo, tabuleiro
A fêmea palavra, mulher enigma

Farol verde num manto escarlate
Confunde o homem, faz adolescer
Derrete o macho, revela o menino

Se eu não quisesse ir, eu sei que ainda assim
A vida ia me levar pra ti
Todo cais, tanta paz, assim sem mais

Deixando para trás todos os ais da lida
Sabendo que há sempre muito mais da vida

Deixando para trás todos os ais da lida
Sabendo que há sempre muito mais da vida

Deixando para trás todos os ais da lida
Sabendo que há sempre muito mais da vida

Quando a poesia chama, não tem dia nem hora
É como a amante que arde na cama
Te acorda no meio da noite e diz: Agora, eu quero agora



Credits
Writer(s): Ricardo Almeida Ayade
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