Noção

Sem promessa sempre estar pronto
Minha visão e seu medo
E se a mentira deu muda, agradeça as verdades que planta
Da boca da sereia o canto, sua noção não me mede
Já que a verdade não muda, não esqueça as mentiras que conta

Ok ok, anoiteceu, e falta luz faz um tempo aqui
Agora lendo os sinais foi tão obvio o que aconteceu
Talvez por as mãos no fogo não te impõe no jogo
Mas pois a confiança é uma mulher traída infeliz com o que ela teceu
Lista hip hop, quisto como mantra, visto como manto
Disto fiz meu bantu, cura pro meu banzo
Mixto noção e compostura
Não se espante se dão ibope aos sem visão e postura
Desde de que chamam realidade eu só ouço loucura

Sem promessa sempre estar pronto
Minha visão e seu medo
E se a mentira deu muda, agradeça as verdades que planta
Da boca da sereia o canto, sua noção não me mede
Já que a verdade não muda, não esqueça as mentiras que conta

E se isso viraliza o que vira a vida?
Girar roletas de tambores cheios?
E o que me eleva o que me livra?
Fazer da minha passagem passeio?
Responsável pelo que vibro, eu
Quero minha paz em dobro
Aprimorada ao triplo que me marca dibro
Minha tribo não fica com a sobra
Na febre eu lido com testes falsos
Pés descalços nesse asfalto quente
Caminho clichê mas não tão batido
Vou com tom partido calma pra que agüente
As profundidades e sua questões
A prioridade é se orgulhar
Oportunidade de se mergulhar e trazer de você novas sugestões
Quando o corpo grita alma silencia
Dessa violência poesia compus
Acompanha filtra e não entendendo a fita
Rebobinaria e queimaria após
Solta como nuvem que amarraria sem amor na força que ate nós
Mermo com todo brilho nos seus olhos não enxergaria
Até por que é bem mais do que expus
Sant!

Por vezes a noção da profundidade
Que tens desta arte, pode ser ilusória
Qual o valor dos números do sucesso
Versus o peso de quem escreve esta história?
Quem começou de baixo
Desde cedo aprendeu que o dinheiro falava mais alto
Se queres saber o que eu acho
Inala o concerto, respira-se amor neste palco
Mãos ao alto, isto é um assalto
A emoção de quem pisa o asfalto
Meu coração é um vulcão em erupção
Ao fim da granulação, cuspo basalto
Traumas recalco, um trauma desfalco
No vazio salto, e nunca me exalto
Com amor não falto
Sempre na luta
Como um poste alto no ressalto
Noção que defesa é o melhor ataque
Uma mente presa vive em xeque-mate
Uma chama acesa, um coração que parte
Uma alma refundida em chocolate
Falta de afeto debaixo de um teto
Pode tornar um feto num homem de pedra
Frio como o gelo, seco como uma planta
Que não viu água da mão que a rega
Sem nega, carrega na alma, o peso do trauma
De quem não tem condições
Sem choro, sorriso na face
Capaz de mover e inspirar multidões
Tocar corações com decorações
Ofereço visões, não visualizações
Eterno aluno na escola da vida
Na altura da vida ganhei algumas noções

Sem promessa sempre estar pronto
Minha visão e seu medo
E se a mentira deu muda, agradeça as verdades que planta
Da boca da seria o canto, sua noção não me mede
Já que a verdade não muda, não esqueça as mentiras que conta



Credits
Writer(s): Carlos Henrique Benigno, Sant, Mundo Segundo
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