Nego Besta
E lá chegou...
Camisa de crochê
Branca, lavada
No peito, corrente prateada
Calça engomada
Sexta-feira de manhã
Foi como entrou
Num bar de esquina em Santo Cristo
E dizem na rua que foi visto
Numa cervejada
Às seis horas da manhã
Onde contou
Que nunca na vida não quis nada
Trabalhou que nem "burro de carga"
Mas hoje gozava
O que lhe dera Iansã
E se apresentou
Nasceu e cresceu no Encantado
Morava com a mãe em um sobrado
Na rua criado
Sem pensar no amanhã
Mas o tempo passou
E quando era moço foi soldado
Saiu do quartel revoltado
Trocou o penteado
Por trancinhas Djavan
E assim se deixou levar pelo vício
Na zona de baixo meretrício
Toda noite passou a beber
Até que os amigos do peito da sua área
Mostraram pra ele sua falha
"Ô nego, tu precisa vencer!"
"Tua mãe fica te sustentando e não é madame grã-fina
Vê se tu abre esse olho, malandro, e acende a tua lamparina"
Assim se empregou
Como estivador no Cais do Porto
No final do dia, sempre morto
Mas grana no bolso
Que passou a dar valor
E logo procurou
Um trampo pra tirar uns por fora
E comprou um negócio lá na Glória
Com dinheiro agora,
Arranjou até um amor
Então se juntou
Teve uma menina e um moleque
No bolso cartão, talão de cheque
E emprego no MEC
Que um compadre lhe arrumou
E a vida mudou
Casa com garagem em Madureira
No pulso, de ouro, uma pulseira
A vida inteira
Com ela ele sonhou
E também comprou
Mais de 20 calças de cor branca
Dez de tergal, dez de helanca
E ninguém lhe arranca
Este ar de vencedor
E assim se deixou levar pelo vício
Lá no Encantado tornou-se difícil
Ver ele bebendo nas tardes de sexta
Até que os amigos do peito da sua área
Mostraram pra ele sua falha
"Ô nego, tu deixa de ser besta!"
"Com essa onda que tu tá tirando a nossa amizade termina
Antes tu era bacana com a gente, hoje olha a gente por cima"
Mas não escutou
Achava que tudo era intriga
De gente que não venceu na vida
Com o "Rei na Barriga"
Os amigos desprezou
Mas o tempo mostrou
Que sua política era errada
Sentiu falta dos camaradas
E das bacalhoadas
Que ele sempre organizou
E no final do porre
Quando terminou de contar isso
Tombou no boteco em Santo Cristo
E não teve registro
O vexame que passou
Pois o dono do bar
Jogou ele na rua e disse, irado,
Só quem faz isso é negro safado
Entra, bebe, desmonta
E não paga a sua conta...
E assim se deixou levar pelo vício
De frequentar o bar em Santo Cristo
Onde toda noite voltou a beber
Aos novos amigos do peito dessa área
Diz ser homem que trabalha
Um negro simples, sem muito poder
E até o pessoal do Encantado voltou a ser "gente amiga"
E se hoje é feliz é porque ele sempre sonhou em ficar bem na vida...
E lá chegou...
Camisa de crochê
Branca, lavada
No peito, corrente prateada
Calça engomada
Sexta-feira de manhã
Foi como entrou
Num bar de esquina em Santo Cristo
E dizem na rua que foi visto
Numa cervejada
Às seis horas da manhã
Onde contou
Que nunca na vida não quis nada
Trabalhou que nem "burro de carga"
Mas hoje gozava
O que lhe dera Iansã
E se apresentou
Nasceu e cresceu no Encantado
Morava com a mãe em um sobrado...
Camisa de crochê
Branca, lavada
No peito, corrente prateada
Calça engomada
Sexta-feira de manhã
Foi como entrou
Num bar de esquina em Santo Cristo
E dizem na rua que foi visto
Numa cervejada
Às seis horas da manhã
Onde contou
Que nunca na vida não quis nada
Trabalhou que nem "burro de carga"
Mas hoje gozava
O que lhe dera Iansã
E se apresentou
Nasceu e cresceu no Encantado
Morava com a mãe em um sobrado
Na rua criado
Sem pensar no amanhã
Mas o tempo passou
E quando era moço foi soldado
Saiu do quartel revoltado
Trocou o penteado
Por trancinhas Djavan
E assim se deixou levar pelo vício
Na zona de baixo meretrício
Toda noite passou a beber
Até que os amigos do peito da sua área
Mostraram pra ele sua falha
"Ô nego, tu precisa vencer!"
"Tua mãe fica te sustentando e não é madame grã-fina
Vê se tu abre esse olho, malandro, e acende a tua lamparina"
Assim se empregou
Como estivador no Cais do Porto
No final do dia, sempre morto
Mas grana no bolso
Que passou a dar valor
E logo procurou
Um trampo pra tirar uns por fora
E comprou um negócio lá na Glória
Com dinheiro agora,
Arranjou até um amor
Então se juntou
Teve uma menina e um moleque
No bolso cartão, talão de cheque
E emprego no MEC
Que um compadre lhe arrumou
E a vida mudou
Casa com garagem em Madureira
No pulso, de ouro, uma pulseira
A vida inteira
Com ela ele sonhou
E também comprou
Mais de 20 calças de cor branca
Dez de tergal, dez de helanca
E ninguém lhe arranca
Este ar de vencedor
E assim se deixou levar pelo vício
Lá no Encantado tornou-se difícil
Ver ele bebendo nas tardes de sexta
Até que os amigos do peito da sua área
Mostraram pra ele sua falha
"Ô nego, tu deixa de ser besta!"
"Com essa onda que tu tá tirando a nossa amizade termina
Antes tu era bacana com a gente, hoje olha a gente por cima"
Mas não escutou
Achava que tudo era intriga
De gente que não venceu na vida
Com o "Rei na Barriga"
Os amigos desprezou
Mas o tempo mostrou
Que sua política era errada
Sentiu falta dos camaradas
E das bacalhoadas
Que ele sempre organizou
E no final do porre
Quando terminou de contar isso
Tombou no boteco em Santo Cristo
E não teve registro
O vexame que passou
Pois o dono do bar
Jogou ele na rua e disse, irado,
Só quem faz isso é negro safado
Entra, bebe, desmonta
E não paga a sua conta...
E assim se deixou levar pelo vício
De frequentar o bar em Santo Cristo
Onde toda noite voltou a beber
Aos novos amigos do peito dessa área
Diz ser homem que trabalha
Um negro simples, sem muito poder
E até o pessoal do Encantado voltou a ser "gente amiga"
E se hoje é feliz é porque ele sempre sonhou em ficar bem na vida...
E lá chegou...
Camisa de crochê
Branca, lavada
No peito, corrente prateada
Calça engomada
Sexta-feira de manhã
Foi como entrou
Num bar de esquina em Santo Cristo
E dizem na rua que foi visto
Numa cervejada
Às seis horas da manhã
Onde contou
Que nunca na vida não quis nada
Trabalhou que nem "burro de carga"
Mas hoje gozava
O que lhe dera Iansã
E se apresentou
Nasceu e cresceu no Encantado
Morava com a mãe em um sobrado...
Credits
Writer(s): Claudio Henrique Machado De Oliveira
Lyrics powered by www.musixmatch.com
Link
© 2024 All rights reserved. Rockol.com S.r.l. Website image policy
Rockol
- Rockol only uses images and photos made available for promotional purposes (“for press use”) by record companies, artist managements and p.r. agencies.
- Said images are used to exert a right to report and a finality of the criticism, in a degraded mode compliant to copyright laws, and exclusively inclosed in our own informative content.
- Only non-exclusive images addressed to newspaper use and, in general, copyright-free are accepted.
- Live photos are published when licensed by photographers whose copyright is quoted.
- Rockol is available to pay the right holder a fair fee should a published image’s author be unknown at the time of publishing.
Feedback
Please immediately report the presence of images possibly not compliant with the above cases so as to quickly verify an improper use: where confirmed, we would immediately proceed to their removal.