Disszessete

Pareço até um pouco depressivo
Mas do que me falta de juízo
Sirvo para incomodar
Igual meu dente siso

Falsos poetas
Deixo em reta e dou um tiro
Faço nascer um dia lindo
Desencarcerando sonhos
Transponho toda a glotologia

Voltemos ao tempo, onde pensamento era só matéria
A coisa tá séria
E é sério, seu estado mental
Nunca será algo banal
Viver só de aparências
Não devia ser normal, men

O mal se embriaga em nossos erros
E o desfecho
A passagem tá fechada
Lágrimas de fel
Réu grita em pranto no portão

Em vão, clama por oração
Mas não tá mais em condição
Então a luz que ilumina
Se torna a imprecação, irmão

E pra você eu digo
Mesmo incutido por líbido
Aye, cê não tá sozinho, porra

Berço esplêndido, vendido, trocado
Preço foi baixo, agora é de plástico
Todo sentimento é fardo, fato
Descalço e frágil
Pés no chão pra mim
Sempre soaram algo tão falso

E o barato das ruas, meu mano
Sempre custa caro
A justiça além de cega
É surda, muda
A realidade é nua e crua
Vários Gilmar Mendes fazem dela prostituta

De tanto passar pano
Acabou rasgando
E são sempre vidas inocentes
Que acabam levando

Aqui é o certo
Papo reto
Se faz curva
É arapuca
Saio de perto 'memo

Pois eu na rua tô esperto, fi'
Aquele que me abraça
Talvez seja quem me lança
Ao inferno
Fica quieto

Pois o dialeto do diabo
É igual dos homens
Que se escondem por de trás de sobrenomes
Acha que é livre?
A digital restringe e cê persiste

Nega tudo até onde mesmo te aflige, men
Suba a superfície, vá, men
Suba a superfície, vá, men



Credits
Lyrics powered by www.musixmatch.com

Link