A Serventia Da Faca (participação especial: Adams Cezar)

Pra quem vive numa estância
No rigor do sacrifício
Faca buena não é vício
Mas sim uma precisão
Esta é a pura razão
Jamais por maula ou balaca
Que só se puxa da faca
Quando requer ocasião

Seja pra capar um touro
Ou pra emparelhar um tento
Na carneada pro sustento
Com perícia e cuidado
Um carneador desastrado
Faz estrago num pelego
Faca boa é um apego
E pra um campeiro é um achado

Serve pra "ajeitá" um espeto
"Falquejá" um cabo de enxada
"Apará" os "casco" da eguada
Fazer ponta numa estaca
Pra tutano que se empaca
E se agarra dentro do osso
Não precisa muito esforço
Basta "usá as costa" da faca

O tamanho tanto faz
Cada faca tem seu jeito
Algumas têm uns "defeito"
Cabo frouxo ou folha torta
Mas se "apertá" ela corta
Churrasco gordo e bolacha
E a velha crosta de graxa
Limpa nas "grama" ou nas "bota"

Apesar de perigosa
É de muita serventia
Na lida do dia a dia
Seja no campo ou galpão
Pode até "salvá" um cristão
Que vem "inlhado" no laço
Nessa hora o fio do aço
É de grande precisão



Credits
Writer(s): Marco Antonio Nunes
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