Velho Moinho

Nas imagens do passado, eu te vejo presente eternamente em mim
Leve som de águas tão calmas
Minha vida eu recolho na concha da mão
Pra só então devolvê-la às imensas águas que brotam do teu chão

Foram dias, foram anos e eras de amor
Me desmanchei, me refiz por amor
Errei caminhos, voltei por amor

Fomos livres deslizando juntos pela inundação
Nos livrando das correntes das águas de aluvião
E no leito desse rio, fui triste e fui feliz
Me perdi das margens navegando em sonhos que eu fiz
E hoje as águas desaguadas num lago de paz trazem a luz do luar
Os mistérios da minha vida

Minha vida eu derramo em gotas de luz
Dentro de um velho moinho
Que em seu silêncio conduz meu futuro

Outros dias, outros anos e eras virão
Não sei que abismos, qual escuridão
Das minhas águas, não sei do teu chão

Leves mágoas, vagas tréguas, águas paradas num cais
Refluindo tempo em ondas, águas que não voltam mais
E as imagens do passado no espelho do mar guardam a luz do lar
E os mistérios da minha vida
Da minha vida
Da minha vida



Credits
Writer(s): Francis Victor Walte Hime, Maria Olivia Levenroth
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