Ouviram Tiros
Tá convidado, entra, é quarto de menino de rua
Tá convidado, entra, é quarto de menino de rua
Ao sair apague a lua
Ao sair apague a lua
Hey, eles conhecem a abelha
Mas nunca viram o mel
Nos becos tem cores vermelha
Mas nunca vem papai noel
Um cigarro num trago tonteia
Não sabe escrever no papel
Na favela os menor não desenha
Vê riscos de bala no céu
Pedestres circulam com medo
Menores pedindo dinheiro
Consumo de crack crescendo
Tirou a digital dos seus dedos
De tanto acender o isqueiro
A sirene vem interrompendo
Na rua, os garotos correndo
São como folhas que soltas ao vento
O dinheiro o governo roubou
O imposto as empresa quebrou
O emprego o papai não achou
E mamãe revoltou sem amor
Família se desintegrou
Os filhos largados num mundo sem flor
Sorrindo ainda disse o doutor
A rua não trepa, não engravidou
Quantos são do bem
Usam droga, matam alguém
Se revoltam na Febem
Quando crescem, faz refém
Hey, cadeia não salva ninguém
Não, já desandou mais de cem
Creia em Jesus que ele vem
O papa é pop, não poupa ninguém
Não, olha, meu irmão, você já pensou
O dia que rosto for mente
Na rua verão um show de terror
Só monstro em figura de gente
Uma multidão pegando o metrô
Ogros impacientes
Só aberração, cada um por si
Monstrengos vão rapidamente
Natal é do povo
Bêbados tolos
Chegou ano novo
Guardar as granadas, é trégua no morro
À noite há luzes no show, sim
Chegou pra enganar que tá bom
A paz é só uma ilusão
De volta aos dias de cão
Ouviram tiros na quadra
A dor aqui não disfarça
Carne contra navalha
Meu Deus, encontre a saída
Hoje meu prato é desgraça
Arranco a faca da vida
E ponho nela com tesão
Deixo curar as feridas
Ouviram tiros na quadra
A dor aqui não disfarça
Carne contra navalha
Meu Deus, encontre a saída
Hoje meu prato é desgraça
Arranco a faca da vida
E ponho nela com tesão
Deixo curar as feridas
E aí, passa a visão aí, primo
Outro amanhã, mesma fita
Até pra Talibã falta peça
Quantas perdas nessa vida
Contando as meta batida
Esses merda de ideia vendida
Mas eu nunca fui de querer ta' na média, não
Mídia demais pra esses moda
Nós morde, não late
O revide é conforme cê bate
Resolve na pista, não leva pra vida
Nada além de história e vaidade
Eles querem a nossa verdade
Sangue quente, mente gela
E quem não age ficou pra mais estatística
Vi que as horas nunca nos esperam
Era da informação, geração parafal
Falcão mal sai da esquina
É missão só tá vivo
Imagina se esquiva do mal
Onde a rotina é os iguais mortos
Em cada noticiário e jornal (fala pra eles)
Um hall de sonhos no obituário
No hall de demônios que salva o saldo
Morrer com honra é o premio da guerra
Gênio forte é virtude na quebra
Vi de tudo, não ilude número ou fama
Família me espera no fim da festa
Minha mina me quer vivo, o resto testa
A peça grita se eu grito em falso
Nasci pro assalto, hoje eu trafico a brisa
Que te afasta de virar mais um alvo
Ouviram tiros na quadra
A dor aqui não disfarça
Carne contra navalha
Meu Deus, encontre a saída
Hoje meu prato é desgraça
Arranco a faca da vida
E ponho nela com tesão
Deixo curar as feridas
Ouviram tiros na quadra
A dor aqui não disfarça
Carne contra navalha
Meu Deus, encontre a saída
Hoje meu prato é desgraça
Arranco a faca da vida
E ponho nela com tesão
Deixo curar as feridas
Quem você pensa que é, menor
1Kilo dropando as favela
Explodindo beco, explode nas caixa
Nada vem fácil, vida bandida
Mira ou atira
Grita no instinto de sobrevivência
Desde menino, corre por corre
No mata ou morre, morre a criança ou morre a inocência
Me diz que a arma na mão é um convite pra desgraça
Raiva pegando fogo e onde tem fogo tem fumaça
Já nem disfarça, nem finge
Sacola rádio e reprise
Nunca pegou no caderno, mas porta uma R15
Madruga alta, favela quieta
Sobem duas blazers com a mala aberta
Contorna o beco, meu peito aperta
Fogueteiro foi de bola e não deu tempo pro alerta
Tá convidado, entra, é quarto de menino de rua
Ao sair apague a lua
Ao sair apague a lua
Hey, eles conhecem a abelha
Mas nunca viram o mel
Nos becos tem cores vermelha
Mas nunca vem papai noel
Um cigarro num trago tonteia
Não sabe escrever no papel
Na favela os menor não desenha
Vê riscos de bala no céu
Pedestres circulam com medo
Menores pedindo dinheiro
Consumo de crack crescendo
Tirou a digital dos seus dedos
De tanto acender o isqueiro
A sirene vem interrompendo
Na rua, os garotos correndo
São como folhas que soltas ao vento
O dinheiro o governo roubou
O imposto as empresa quebrou
O emprego o papai não achou
E mamãe revoltou sem amor
Família se desintegrou
Os filhos largados num mundo sem flor
Sorrindo ainda disse o doutor
A rua não trepa, não engravidou
Quantos são do bem
Usam droga, matam alguém
Se revoltam na Febem
Quando crescem, faz refém
Hey, cadeia não salva ninguém
Não, já desandou mais de cem
Creia em Jesus que ele vem
O papa é pop, não poupa ninguém
Não, olha, meu irmão, você já pensou
O dia que rosto for mente
Na rua verão um show de terror
Só monstro em figura de gente
Uma multidão pegando o metrô
Ogros impacientes
Só aberração, cada um por si
Monstrengos vão rapidamente
Natal é do povo
Bêbados tolos
Chegou ano novo
Guardar as granadas, é trégua no morro
À noite há luzes no show, sim
Chegou pra enganar que tá bom
A paz é só uma ilusão
De volta aos dias de cão
Ouviram tiros na quadra
A dor aqui não disfarça
Carne contra navalha
Meu Deus, encontre a saída
Hoje meu prato é desgraça
Arranco a faca da vida
E ponho nela com tesão
Deixo curar as feridas
Ouviram tiros na quadra
A dor aqui não disfarça
Carne contra navalha
Meu Deus, encontre a saída
Hoje meu prato é desgraça
Arranco a faca da vida
E ponho nela com tesão
Deixo curar as feridas
E aí, passa a visão aí, primo
Outro amanhã, mesma fita
Até pra Talibã falta peça
Quantas perdas nessa vida
Contando as meta batida
Esses merda de ideia vendida
Mas eu nunca fui de querer ta' na média, não
Mídia demais pra esses moda
Nós morde, não late
O revide é conforme cê bate
Resolve na pista, não leva pra vida
Nada além de história e vaidade
Eles querem a nossa verdade
Sangue quente, mente gela
E quem não age ficou pra mais estatística
Vi que as horas nunca nos esperam
Era da informação, geração parafal
Falcão mal sai da esquina
É missão só tá vivo
Imagina se esquiva do mal
Onde a rotina é os iguais mortos
Em cada noticiário e jornal (fala pra eles)
Um hall de sonhos no obituário
No hall de demônios que salva o saldo
Morrer com honra é o premio da guerra
Gênio forte é virtude na quebra
Vi de tudo, não ilude número ou fama
Família me espera no fim da festa
Minha mina me quer vivo, o resto testa
A peça grita se eu grito em falso
Nasci pro assalto, hoje eu trafico a brisa
Que te afasta de virar mais um alvo
Ouviram tiros na quadra
A dor aqui não disfarça
Carne contra navalha
Meu Deus, encontre a saída
Hoje meu prato é desgraça
Arranco a faca da vida
E ponho nela com tesão
Deixo curar as feridas
Ouviram tiros na quadra
A dor aqui não disfarça
Carne contra navalha
Meu Deus, encontre a saída
Hoje meu prato é desgraça
Arranco a faca da vida
E ponho nela com tesão
Deixo curar as feridas
Quem você pensa que é, menor
1Kilo dropando as favela
Explodindo beco, explode nas caixa
Nada vem fácil, vida bandida
Mira ou atira
Grita no instinto de sobrevivência
Desde menino, corre por corre
No mata ou morre, morre a criança ou morre a inocência
Me diz que a arma na mão é um convite pra desgraça
Raiva pegando fogo e onde tem fogo tem fumaça
Já nem disfarça, nem finge
Sacola rádio e reprise
Nunca pegou no caderno, mas porta uma R15
Madruga alta, favela quieta
Sobem duas blazers com a mala aberta
Contorna o beco, meu peito aperta
Fogueteiro foi de bola e não deu tempo pro alerta
Credits
Writer(s): Felipe Roque, Pedro Paulo Dias Ramalho, Mozart Baez Soares, Pablo Da Cruz Martins, Andre Luis Maini Carvalho, Helio Barbosa Dos Santos
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