Cílio

Sou um cílio que cai no olho
Sou um olho que não enxerga
Uma mancha que nunca some
Um vaso mal feito que nunca quebra

Sou um beijo de boa sorte
Que bafo da morte lhe ofereceu
Uma cobra que cospe o veneno
De vidro pequeno que a vida lhe deu

A palavra que te aconselha
O afago que te consola
O remédio que te alivia
O disque-entrega que nunca demora

Uma sede que não sacia
Um negócio que me deu agora
Vou correndo fazer alegria
Dá licença do mundo de fora

Ô Janaí, Janaína, já
Dona do meu fevereiro
Me leve pra junto da beira do mar

Ô Janaí, Janaína, já
Dona do meu fevereiro
Me leve pra junto da beira do mar, iá-iá

Dona do meu fevereiro
Me leve pra junto da beira do mar, iá-iá

Sou um cílio que cai no olho
Sou o lado de lá da moeda
Sou o lado do lodo escondido
Que fica fechado na sala secreta

Engrenagem que não se encaixa
Que não anda na mesma marcha
Um defeito, uma anomalia
A má companhia lhe dizendo oi

Lâmina do mundo
Fel na ponta da língua
Fera que não se amansa
Um agudo da ponta da lança, ai-iá

Ô Janaí, Janaína, já
Dona do meu fevereiro
Me leve pra junto da beira do mar

Ô Janaí, Janaína, já
Dona do meu fevereiro
Me leve pra junto da beira do mar, iá-iá

Dona do meu fevereiro
Me leve pra junto da beira do mar, iá-iá

Dona do meu fevereiro
Me leve pra junto da beira, da beira
Da beira do mar



Credits
Writer(s): Magaiver Dos Santos
Lyrics powered by www.musixmatch.com

Link