Mura: O Príncipe das Águas

Como uma nuvem negra de gafanhotos aterrorizantes
Pareciam larvas ardentes escorrendo no rio, tantas eram as igaras
Que surgiam, que sumiam como em um pesadelo
Que surgiam, que sumiam os gritos ressuscitando o medo

Vem dos escombros das grutas
Das cachoeiras, as entranhas
No arrebatar das águas, testemunhas
Vem, nas emboscadas da vida
Descaminhos perdidos no sonho do inimigo

Voa, pássaro que tudo vê
Voa, prenuncia o minuto final
Quem ousaria contrariar o próprio destino?
Quem haveria de falar com o pássaro da tocaia?
Quem saberia a fraqueza do inimigo
Se não tivesse na veia o sangue Mura?

É ele, o feiticeiro
É ele, o curandeiro
É ele, o mandingueiro
O príncipe das águas
Um vulto nas sombras das luas

É ele, o feiticeiro
É ele, o curandeiro
É ele, o mandingueiro
O príncipe das águas
Um vulto nas sombras das luas

Voa, voa, voa, voa

Como uma nuvem negra de gafanhotos aterrorizantes
Pareciam larvas ardentes escorrendo no rio, tantas eram as igaras
Que surgiam, que sumiam como em um pesadelo
Que surgiam, que sumiam os gritos ressuscitando o medo

Vem dos escombros das grutas
Das cachoeiras, as entranhas
No arrebatar das águas, testemunhas
Vem, nas emboscadas da vida
Descaminhos perdidos no sonho do inimigo

Voa, pássaro que tudo vê
Voa, prenuncia o minuto final
Quem ousaria contrariar o próprio destino?
Quem haveria de falar com o pássaro da tocaia?
Quem saberia a fraqueza do inimigo
Se não tivesse na veia o sangue Mura?

É ele, o feiticeiro
É ele, o curandeiro
É ele, o mandingueiro
O príncipe das águas
Um vulto nas sombras das luas

É ele, o feiticeiro
É ele, o curandeiro
É ele, o mandingueiro
O príncipe das águas
Um vulto nas sombras das luas

Voa, voa, voa, voa

Como uma nuvem negra de gafanhotos aterrorizantes



Credits
Writer(s): Ronaldo Passos Barbosa
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