Meu Nome Nao e Jones

Larrys, o Jon Jones e o Larrys
Larrys, o Jon Jones, o Jon Jones e o Larrys
Larrys, o Jon Jones, o Jon Jones e o Larrys
Larrys, o Jon Jones, o Jon Jones e o Larrys

Eu vejo filas que funcionam
Como esteiras da fábrica do patrão
Desencaixado, eu sou taxado, erro de fabricação
Yank!

Sem rótulo, sem código de barra, sem propósito
Então, vê se não me esbarra
Abelhas zanzando zangadas pela metrópoles
Ferrões enferrujados nas ferragens da Cosmópolis

Se atropelando pra ganhar o seu próprio própolis
Devorando o próximo tipo, Anthony Hopkins
Preto e amarelo, black and yellow e eu aqui
E um paralelo cinza cansado de refletir

Te ensino a ser normal, é
Todo mundo é igual
Eles falam que preconceito é negativo, mas é natural

Vida fúnebre e célebre
Olhando pros outros, todos loucos
Nascem, correm e morrem aos poucos
Eu não faço sinal de paz pra vocês, aliás
Bandeira branca é não ter nada pra dizer
Eu prefiro não me envolver, é cada coisa chata

Eu odeio trânsito e fico meio estranho de gravata
Lugar autocrata, onde não é cão que vira lata
Justiça cega e a liberdade é só uma estátua
Quebrada por dentro, vandalizada por fora
Finge que é de cimento só pra fingir que não chora

Agora fala que se apavora que eu vou te perdoar
Por ficar parado esperando sua hora
Vendo corações lacrados
Exportados pela indústria do medo
De brinde, uma overdose de preocupações
Te envolvem nesse enredo de hipnose
Criando situações que te obrigam a viver mais cedo

Do stop ao estopim, plim num passe de mágica
Feito por mim, pra mim
Papiro página por página
Só não entende quem acha que sabe de zuadage
E a poesia, por si só é mais peculiar que um plágio

Concreto, sólido, mogno, octógono e pele frágil
Para médicos, pensadores e presságios
Cessa calor à beça
Passatempo que eu tô com pressa
Cidade é uma peça
Presta atenção na farsa da festa

Faça a reza que falta
De longa data, ela vem
Ela passa e maltrata por onde as falta resistência
Vence o patrão, o proletário empata

O profeta analisa, avisa, o poeta chega e retrata
Mas como? Quem patrocina? Quem é o dono?
Quem tá no trono?
Ratos na piscina, no metrô, os camundongos
Manos e planos anos e danos
Colecionador de tombos com posse dos seus escombros

Eu quero esquecer de escrever pra agradecer ou agradar
Nem mesmo descrever ou fornecer pra Bagdá
Tô aqui e lá, sorrir, sonhar
Com tanta explicação estranha, mano, que nem dá pra explicar
É só acreditar, será que é só acreditar?
Essa ficção dá dó e tenta me enganar

Pois sou caos e paz, natureza e dúvida
Música, certeza, solidão, liberdade
Mais 20 brinde, outro beat
Pedágio pago pra poder passar desse limite

Acredite ou subestime, mas não se irrite
Se eu me irritar, no final com seu palpite
Solto, não puritano louco e pecador
Só tô me libertando e perguntando: Pra onde eu vou?

Larrys, o Jon Jones e o Larrys
Larrys, o Jon Jones, o Jon Jones e o Larrys
Larrys, o Jon Jones, o Jon Jones e o Larrys
Larrys, o Jon Jones, o Jon Jones e o Larrys

Então, malandro anda na sombra escondido
Amigo, até o perigo abrindo o bolso pra falar comigo
Cuidado onde põe o dedo né? Pensamento cético
Com medo até do recadastramento biométrico
É sério!

Satélites vigiam, sabiam exatamente aonde eu estaria
Tem câmeras demais, tem câmaras de gás
Armas de choque, tropa de choque
Tem até cerca que dá choque
Tem grampo nos walk talk dos moleque
Jogando bola num campo minado, click-clack é xeque!

Então acende um Beck Label brown new walk sem gelo
Sem açúcar, por favor, pra azedar meus pesadelo
19 e mais de mil histórias no mundão
Conteúdo é o que difere um falador de um falastrão

Vi coisa pra caralho
Veneno dos bico de papagaio
E até cavalo de troia paraguaio
Também vi o ouro nos balaio
E sabe o que vale?
E eu vi que a vida guelaio é freestyle

No copo, no corredor só o foco
Pra não ser só mais um corpo
É por isso que eu boto fogo
Por que eu sou só mais um louco

É só um mais um pouco
Eu quase saí do globo amarrado aqui no toco
E quando eu toco no assunto, é, tenho essa mania
Depois de arrombar a porta é que eu toco a campainha

Meu Deus, cadê o Amarildo que entoca a Maria?
Hoje a festa é lá na toca, eu preciso de companhia
A verdade me liberta e a mentira, me conforta
Realidade que confere, como fere quando toca
Se rebele ou se revele, ninguém é de 'fléurri
Vivendo a flor da 'pléurri, quem se importa?

Mais um Marlboro picado
E eu nem quero esses tragos
Contas, filas, carros, buzinas, cachimbos, drogados
Welcome to the jungle ou terra de urubu
Onde maldade é instinto, capital, Carandiru

Entre presa e caçador, perdão e rancor, preço e valor
Peço pra perder o ódio e propagar amor
Mais que certezas cuspidas, disfarces de faces esculpidas
Maquiadas, moldadas, perdidas

Mas poder me desprender e não mais me enganar
Perceber que a cada linha, tô encontrando meu lugar
E só tá foda de calar a voz que insisti em julgar
Escutar que é nóis, mas tá pronto pra atropelar

Com vontade de tá aqui, com vontade de partir
De esquecer de tudo e todos, mas ainda não posso ir
Na caça observando muros, catracas e grades
Passar traço, relatando surtos, trapaças e fases
Então, se estala o dedo, eu perco o medo do que quero ver
Cresço e vejo que meu desejo é só viver



Credits
Writer(s): Renato Alves Menezes Barreto, Henrique Sampaio Lins, Yank
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