Retorno
Quanto tempo de nós foi tirado?
Quanto tudo que é nosso é negado?
Anos após ano tentaram
Mas olha pra nós, todos retornaram
Quanto tempo de nós foi tirado?
Quanto tudo que é nosso é negado?
Anos após ano tentaram
Mas olha pra nós, todos retornaram
Filhos da terra, de volta pra terra
Todo canto do mundo é seu lar
Nossa alma não grita, mas berra
Nosso canto é guerra que atravessa rio e mar
Não vão mais roubar, não vão mais ousar
Da história de um povo se apropriar
Cocar não é enfeite ou brinquedo
Se exige respeito, repensa antes de usar
Não deixamos de ser o que somos por conta de um celular
São mais de 500 anos, que eles causam danos visando apenas cédulas
Territórios originários e não fundiários, herança viva secular
Crença nas criança, o levante avança, trazendo vitória incrédula
Querendo a pintura, querendo o sagrado
Querendo a cultura, querendo o legado
Não somos só figura pra ser estudado
Somos ruptura de colonizados
Feitos de bravura, não domesticado
Força que perdura, não catequizados
Eles captura, traz escravatura
E nós é que tem que ser civilizado?
Dispenso elogio "exótica", homenagem racistas patéticas
Nossa presença além de estatística
Lógicas sexistas antiética
Sem tempo pra ser didática
Queremos prática enfática que tanto se fala
Ser ver por completo e não só objeto de sala de aula
Entre dor e trauma, história e drama
Carrego na alma das histórias a trama
De raiz nordeste como cajarana
Ceará, agreste sem a raça ariana
Somos suçuarana, somos Sagarana
Na saga em busca e nada ofusca
A volta pra terra de Pindorama
(Pindorama)
Quanto tempo de nós foi tirado?
Quanto tudo que é nosso é negado?
Anos após ano tentaram
Mas olha pra nós, todos retornaram
Quanto tempo de nós foi tirado?
Quanto tudo que é nosso é negado?
Anos após ano tentaram
Mas olha pra nós, todos retornaram
Quanto tempo de nós foi tirado?
Quanto tudo que é nosso é negado?
Anos após ano tentaram
Mas olha pra nós, todos retornaram
Quanto tempo de nós foi tirado?
Quanto tudo que é nosso é negado?
Anos após ano tentaram
Mas olha pra nós, todos retornaram
Quanto tudo que é nosso é negado?
Anos após ano tentaram
Mas olha pra nós, todos retornaram
Quanto tempo de nós foi tirado?
Quanto tudo que é nosso é negado?
Anos após ano tentaram
Mas olha pra nós, todos retornaram
Filhos da terra, de volta pra terra
Todo canto do mundo é seu lar
Nossa alma não grita, mas berra
Nosso canto é guerra que atravessa rio e mar
Não vão mais roubar, não vão mais ousar
Da história de um povo se apropriar
Cocar não é enfeite ou brinquedo
Se exige respeito, repensa antes de usar
Não deixamos de ser o que somos por conta de um celular
São mais de 500 anos, que eles causam danos visando apenas cédulas
Territórios originários e não fundiários, herança viva secular
Crença nas criança, o levante avança, trazendo vitória incrédula
Querendo a pintura, querendo o sagrado
Querendo a cultura, querendo o legado
Não somos só figura pra ser estudado
Somos ruptura de colonizados
Feitos de bravura, não domesticado
Força que perdura, não catequizados
Eles captura, traz escravatura
E nós é que tem que ser civilizado?
Dispenso elogio "exótica", homenagem racistas patéticas
Nossa presença além de estatística
Lógicas sexistas antiética
Sem tempo pra ser didática
Queremos prática enfática que tanto se fala
Ser ver por completo e não só objeto de sala de aula
Entre dor e trauma, história e drama
Carrego na alma das histórias a trama
De raiz nordeste como cajarana
Ceará, agreste sem a raça ariana
Somos suçuarana, somos Sagarana
Na saga em busca e nada ofusca
A volta pra terra de Pindorama
(Pindorama)
Quanto tempo de nós foi tirado?
Quanto tudo que é nosso é negado?
Anos após ano tentaram
Mas olha pra nós, todos retornaram
Quanto tempo de nós foi tirado?
Quanto tudo que é nosso é negado?
Anos após ano tentaram
Mas olha pra nós, todos retornaram
Quanto tempo de nós foi tirado?
Quanto tudo que é nosso é negado?
Anos após ano tentaram
Mas olha pra nós, todos retornaram
Quanto tempo de nós foi tirado?
Quanto tudo que é nosso é negado?
Anos após ano tentaram
Mas olha pra nós, todos retornaram
Credits
Writer(s): Caroline Souto De Oliveira, Iuri Rio Branco Da Luz
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