Madrugada

As coisas vem
As coisas vão
Mas, nada é em vão
Então,
ouça
O desespero da minha voz.

É semelhante como o gotejar de uma torneira
Que explode
na louça suja
É semelhante como o gotejar de uma torneira
Que explode
na louça suja

Nos falta amor
Nos sobra mágoa
Insegurança e falta de fé
Em nós mesmo

Experimente a madrugada
E entenderá do que estou falando
Experimente a madrugada, e entenderá
Experimente a madrugada
E entenderá do que estou falando...
Experimente a madrugada, e entenderá

Um minuto de silêncio
Mais um garoto negro morreu.
Outra vez confundido com malandro
Vi na TV que foi bala perdida
E que teu sonho era ser jogador.

Oh, senhor,
livrai-me
Da ignorância humana
Dessa gente desumana
E dessa justiça canhota
Escreve torto com linhas tortas
demais...
Pra aguentar porrada
Moleque inventa herói
Pra ter histórias
pra contar

Pra suportar o abandono
Moleque desata os nós
pra iludir o alento
Só lamento

Experimente a madrugada
E entenderá do que estou falando
Experimente a madrugada, e entenderá

E às três da matina se ouviu mais um
Acordou o João, que só tem 6 meses
O seu irmão Matias, que só tem 8 anos foi acalmá-lo
A mãe ainda não chegou do trabalho
Mas, sua vizinha já decretou:
"Esse não chega nem aos dezoito."

Então,
ouça...



Credits
Writer(s): Reyynam Poeta, Vitorio Sampaio
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