Pequenos Nadas

Quantas madrugadas?
P'ra que a nossa paixão deixe este sonho partir
As almas tão coladas
E as mãos cansadas de agarrar a noite a seguir

Acinte as costas arranhadas
Há uma sensação de eternidade no ar
As roupas espalhadas
Vão formando estradas para nenhum lugar

Frases sussurradas
Tem que obedecer a leis que Deus não ditou
As bocas encarnadas
Fingem dar dentadas nas traições que o tempo apagou

E tudo são pequenos nadas
Pequenas emoções que nunca mais vão ter fim
Promessas são quebradas
Entre as almofadas e o linho e cetim

Não há amor, não há prazer, não há sequer afeição
Sempre a supor que qualquer ser é mais do que um coração
Um dia quase a nascer, um barco quase a chegar
E amar sem ter qualquer prazer não é amar

Fecham-se as portadas
E fica pela ar um forte cheiro a maçã
Não há mais madrugadas
Só pequenos nadas até de manhã

Não há mais madrugadas
Só pequenos nadas até de manhã

Contam-se piadas
Não há como voltar ao tempo que já passou
As vidas são ditadas
Nas cartas usadas pela mão que lança o Tarot

O eco das tuas ridadas
É só o que me resta quando a noite acabar
Sumiu as madrugadas
Que me foram dadas pelo teu olhar

Não há amor, não há prazer, não há sequer afeição
Sempre a supor que qualquer ser é mais do que um coração
Um dia quase a nascer, um barco quase a chegar
Amar sem ter qualquer prazer não é amar

Fecham-se as cortinadas
E fica pela ar um forte cheiro a maçã
Não há mais madrugadas
Só pequenos nadas até de manhã

Não há mais madrugadas
Só pequenos nadas até de manhã

Laiá-laiá, laiá
Laiá-laiá, laiá
Laiá-laiá, laiá

Aí, formou



Credits
Writer(s): Fred Martins, Tiago Torres Da Silva
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