Tudo Tem Propósito
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
I
Adão, aborto, abdução
Absoluta abstração
A arte, o assédio, o absurdo, a ação
O ato, a alucinação
O acidente, a acrasia
O ativismo, a afasia
Alexandrino, alegoria
Angústia, alma, alquimia
O âmbito, o ambíguo
O âmago, amor da alegria
Ansiedade, anomalia
O anarquismo, analogia.
II
O predicado, o nome, o verbo
O adjetivo, o artigo, a letra
A anáfora, o complemento, o verso
O zás, o Z, o Zum, o Zeugma
O arroto, o som, a poesia
O palavrão chulo do humor
O limite de todas as coisas
O sangue, o sol, o sonhador
A redondilha, o repente, o recanto
O gás, a glória, o gozo, o pranto
A desordem, a mentira e o mal
Escorrendo e derramando.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
III
O gole, o gesto, a terapia
Televisão, geografia
O encosto, o riso, pandemia
O cego soar de democracia
Análise, desgosto, intriga, novela
Cigarro, descarrego, justiça, favela
Pós modernismo, pés, poligamia
Música concreta, demagogia
Amor líquido, melanina, máscara
O algoz agita a algazarra
Quanto vale um beijo na boca?
Um beijo na boca da boca que o escarra
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
IV
O Dadadadadadada
O cêa nêcê e érrê
O protues, a raturtor
O voto do aliciador
O racismo, a paz, a homofobia
O medo de sair de casa
A coletiva histeria
O nome sujo no serasa
A marmita fria, o contágio
A conta, o curso e o colégio
O carcereiro empaletolado
Rótulo é pra remédio.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
V
A estagnacão, o tabu, o parâmetro
O paradigma e todas as coisas
A sombra, o centro, o prisma, o vício
O fogo, a história, o suicídio
O preâmbulo, o ataque, a flor, o espinho
A perda, o destino, o avesso, o vazio
A comida, a matança, o excesso, o pecado
O dinheiro, o poder, o caixão, o silenciado
A atenção, a bomba, o medo, a morte
O dia, a noite, a chuva, a sorte
A expressão solta na pintura do coveiro
O grito preso nas gargantas, solto para o mundo inteiro.
Até o que não tem propósito.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
I
Adão, aborto, abdução
Absoluta abstração
A arte, o assédio, o absurdo, a ação
O ato, a alucinação
O acidente, a acrasia
O ativismo, a afasia
Alexandrino, alegoria
Angústia, alma, alquimia
O âmbito, o ambíguo
O âmago, amor da alegria
Ansiedade, anomalia
O anarquismo, analogia.
II
O predicado, o nome, o verbo
O adjetivo, o artigo, a letra
A anáfora, o complemento, o verso
O zás, o Z, o Zum, o Zeugma
O arroto, o som, a poesia
O palavrão chulo do humor
O limite de todas as coisas
O sangue, o sol, o sonhador
A redondilha, o repente, o recanto
O gás, a glória, o gozo, o pranto
A desordem, a mentira e o mal
Escorrendo e derramando.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
III
O gole, o gesto, a terapia
Televisão, geografia
O encosto, o riso, pandemia
O cego soar de democracia
Análise, desgosto, intriga, novela
Cigarro, descarrego, justiça, favela
Pós modernismo, pés, poligamia
Música concreta, demagogia
Amor líquido, melanina, máscara
O algoz agita a algazarra
Quanto vale um beijo na boca?
Um beijo na boca da boca que o escarra
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
IV
O Dadadadadadada
O cêa nêcê e érrê
O protues, a raturtor
O voto do aliciador
O racismo, a paz, a homofobia
O medo de sair de casa
A coletiva histeria
O nome sujo no serasa
A marmita fria, o contágio
A conta, o curso e o colégio
O carcereiro empaletolado
Rótulo é pra remédio.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
Tudo tem propósito
Até o que não tem propósito.
V
A estagnacão, o tabu, o parâmetro
O paradigma e todas as coisas
A sombra, o centro, o prisma, o vício
O fogo, a história, o suicídio
O preâmbulo, o ataque, a flor, o espinho
A perda, o destino, o avesso, o vazio
A comida, a matança, o excesso, o pecado
O dinheiro, o poder, o caixão, o silenciado
A atenção, a bomba, o medo, a morte
O dia, a noite, a chuva, a sorte
A expressão solta na pintura do coveiro
O grito preso nas gargantas, solto para o mundo inteiro.
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