Corpo
"eu não sei o que é viver
uma vida equilibrada
quando fico triste eu não choro,
eu derramo quando fico feliz eu não sorrio,
eu brilho quando fico com raiva eu não grito, eu ardo.
a vantagem de sentir os extremos é que quando eu amo, eu dou asas
mas talvez isso não seja uma coisa
tão boa porque elas sempre vão embora.
e você precisa ver quando quebram meu coração
eu não sofro. eu estilhaço."
esses dias eu tava relendo uma poesia que escrevi
e eu jurei nunca reler
mesmo que o sentimento tenha passado
as marcas, os dias
ainda ficam marcados como fogo
me vêm na mente as imagens de você
que eu jurei não lembrar
hoje, tão abstratas.
mas a aura ainda é a mesma.
você não larga de ser serpente.
e eu fujo da sua expressão desforme
e eu corro até que não haja mais nenhuma gota de suor
e nenhum batimento restante.
esses dias eu tava lembrando do livro que você me deu
e que eu o joguei na primeira lata de lixo que encontrei pela frente
pra não mais ter que lidar com as gravuras de você
estampadas no invisível toque das impressas palavras
tudo ali tinha você até no vácuo, no vazio.
dos olhos da felicidade nada vaza,
nada escapa
pelos vãos,
os sonhos vis
as pontes deixadas pela nossa imaginação.
talvez o amor fosse apenas uma invenção
uma história, um peso, um erro, uma superação
nunca escolhemos o que cegos, nós vivemos
apenas temos mudas noções.
e se cegos vivemos, nada faz tão sentido em nossas direções.
perdidos estamos,
vencidos ficamos ultrapassando nossas próprias
invenções. e quando a gente nem percebe tudo se desmonta
eu olho no espelho e tudo está aos pedaços
e eu nem me reconheço mais nesse reflexo.
transbordo na rotina
me dissolvo no dia
derreto
amoleço
transiciono de uma fase pra uma fase
na velocidade da luz
nasco, renasço
morro, vivo
transformo, causo
na carência e na cadência
eu me contorço
em dois, me parto pra solidão não procurar sombra
viro, reviro
passo, deslizo
queimo, evaporo
mergulho no mormaço
no mais profundo vulcão
enfrento frente ào medo
o mundo me absolve
o caos, seguro
firme, forte, feroz, veloz levanto
e vou pro infinito
completamente sem direção.
e é na perdição
que meu corpo encontra todo o resto
e o resto é apenas o trovão carregado,
o objeto não identificado do meu existir.
e só sei que nada sei, e eu apenas vou.
uma vida equilibrada
quando fico triste eu não choro,
eu derramo quando fico feliz eu não sorrio,
eu brilho quando fico com raiva eu não grito, eu ardo.
a vantagem de sentir os extremos é que quando eu amo, eu dou asas
mas talvez isso não seja uma coisa
tão boa porque elas sempre vão embora.
e você precisa ver quando quebram meu coração
eu não sofro. eu estilhaço."
esses dias eu tava relendo uma poesia que escrevi
e eu jurei nunca reler
mesmo que o sentimento tenha passado
as marcas, os dias
ainda ficam marcados como fogo
me vêm na mente as imagens de você
que eu jurei não lembrar
hoje, tão abstratas.
mas a aura ainda é a mesma.
você não larga de ser serpente.
e eu fujo da sua expressão desforme
e eu corro até que não haja mais nenhuma gota de suor
e nenhum batimento restante.
esses dias eu tava lembrando do livro que você me deu
e que eu o joguei na primeira lata de lixo que encontrei pela frente
pra não mais ter que lidar com as gravuras de você
estampadas no invisível toque das impressas palavras
tudo ali tinha você até no vácuo, no vazio.
dos olhos da felicidade nada vaza,
nada escapa
pelos vãos,
os sonhos vis
as pontes deixadas pela nossa imaginação.
talvez o amor fosse apenas uma invenção
uma história, um peso, um erro, uma superação
nunca escolhemos o que cegos, nós vivemos
apenas temos mudas noções.
e se cegos vivemos, nada faz tão sentido em nossas direções.
perdidos estamos,
vencidos ficamos ultrapassando nossas próprias
invenções. e quando a gente nem percebe tudo se desmonta
eu olho no espelho e tudo está aos pedaços
e eu nem me reconheço mais nesse reflexo.
transbordo na rotina
me dissolvo no dia
derreto
amoleço
transiciono de uma fase pra uma fase
na velocidade da luz
nasco, renasço
morro, vivo
transformo, causo
na carência e na cadência
eu me contorço
em dois, me parto pra solidão não procurar sombra
viro, reviro
passo, deslizo
queimo, evaporo
mergulho no mormaço
no mais profundo vulcão
enfrento frente ào medo
o mundo me absolve
o caos, seguro
firme, forte, feroz, veloz levanto
e vou pro infinito
completamente sem direção.
e é na perdição
que meu corpo encontra todo o resto
e o resto é apenas o trovão carregado,
o objeto não identificado do meu existir.
e só sei que nada sei, e eu apenas vou.
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