Memória de um Ser Normal

Vejo pela tua memória
O que foi que fizeste
Já não me levas a fazer crer

Vejo pelo tempo que passa
A vida que traça
A força que me faz ser

Já não quero ser o teu
Efeito no canto da casa
Vou descolar para
Terra aterra no chão que me parto
Já não há memória que me mate?
Será que aterra no meu sapato?
Era fardo meu
Dor que passa

Dói se for passado
Que o presente está estragado
Não me lembres o que é futuro
Quem sou eu se nada dói?

Dói se for passado
Que o presente está estragado
Não me lembres o que é futuro
Quem sou eu se nada dói?

Amanhã de manhã irei de partida
Para um porto que me traga o meu amor
Voltarei a não saber o que me faz voltar

Terra aterra sobre um mar de sacos
Não serão os peixes, garrafas de plástico?
Já não sei sobre o mar onde me arrasto
Serei eu uma máquina que agarra a sardinha enlatada
Na minha lata em ser lambão?

Dói se for passado
Que o presente está estragado
Não me lembres o que é futuro
Quem sou eu se nada dói?

Dói se for passado
Que o presente está estragado
Não me lembres o que é futuro
Quem sou eu se nada dói?

E o presente não está ausente
Está adiante, à tua frente
E o futuro é o teu amor
Mas está estragado e não há melhor

E não há melhor



Credits
Writer(s): Guilherme Marta
Lyrics powered by www.musixmatch.com

Link