Embaixo ou em cima
O céu é pra baixo ou para cima?
Assim pensava a moça nordestina
Deitada, não sabia
E, às vezes, sentia fome, comia
Comia papel pensando em coxa de vaca
Comia papel pensando em coxa de vaca
O inferno está embaixo ou em cima
Viver aqui, a que será que se destina?
Coitada, não sabia
No corpo não cabia a alma nua
Mesmo alma rala como a sua
Mesmo alma rala como a sua
Viver, pouco a pouco, pra não gastar a vida
Viver sem ter gosto para não morrer
Viver é tão louco, dádiva e dívida
Viver sendo eu mesma, sem eu mesma ser
O céu é pra baixo ou para cima?
Assim pensava a moça nordestina
Deitada, não sabia
E, às vezes, sentia fome, comia
Comia papel pensando em coxa de vaca
Comia papel pensando em coxa de vaca
O inferno está embaixo ou em cima
Viver aqui, a que será que se destina?
Coitada, não sabia
No corpo não cabia a alma nua
Mesmo alma rala como a sua
Mesmo alma rala como a sua
Viver, pouco a pouco, pra não gastar a vida
Viver sem ter gosto para não morrer
Viver é tão louco, dádiva e dívida
Viver sendo eu mesma, sem eu mesma ser
Viver, pouco a pouco, pra não gastar a vida
Viver sem ter gosto para não morrer
Viver é tão louco, dádiva e dívida
Viver sendo eu mesma, sem eu mesma ser
Assim pensava a moça nordestina
Deitada, não sabia
E, às vezes, sentia fome, comia
Comia papel pensando em coxa de vaca
Comia papel pensando em coxa de vaca
O inferno está embaixo ou em cima
Viver aqui, a que será que se destina?
Coitada, não sabia
No corpo não cabia a alma nua
Mesmo alma rala como a sua
Mesmo alma rala como a sua
Viver, pouco a pouco, pra não gastar a vida
Viver sem ter gosto para não morrer
Viver é tão louco, dádiva e dívida
Viver sendo eu mesma, sem eu mesma ser
O céu é pra baixo ou para cima?
Assim pensava a moça nordestina
Deitada, não sabia
E, às vezes, sentia fome, comia
Comia papel pensando em coxa de vaca
Comia papel pensando em coxa de vaca
O inferno está embaixo ou em cima
Viver aqui, a que será que se destina?
Coitada, não sabia
No corpo não cabia a alma nua
Mesmo alma rala como a sua
Mesmo alma rala como a sua
Viver, pouco a pouco, pra não gastar a vida
Viver sem ter gosto para não morrer
Viver é tão louco, dádiva e dívida
Viver sendo eu mesma, sem eu mesma ser
Viver, pouco a pouco, pra não gastar a vida
Viver sem ter gosto para não morrer
Viver é tão louco, dádiva e dívida
Viver sendo eu mesma, sem eu mesma ser
Credits
Writer(s): Francisco Cesar Goncalves, Clarice Lispector
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