POMAR

E as vozes doutro baile
Entoam uma canção da sua tristeza
Mesa posta para ninguém jantar

Se Lisboa fosse pomar
O campo dividia-se
E vivia-se
Em gomos de incerteza a incubar

Que tímido barco de símios, é facto
Serve-me mais um copo de vinho
Que eu não volto a este bar,sabes
Identifico-me com todos eles

E as ondas doutro mar
Entoam uma canção da sua beleza
Que eu não sei bem como recusar

Eu sonho em descolar
E agora a terra abria
Dividia-se
Pelo mundo sem grilhetas, a flutuar

(E eu sei que não vi tudo.)

E eu vou cruzar os braços
Dar as costas
Saltar
Logo se vê doutras apostas



Credits
Writer(s): Miguel Afonso
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