Indo ao Pampa

Vou num carroção
Sigo essa frente fria, pampa a dentro e através
Desde o que é libres sigo livre
E me espalho sob o céu
Que estende tanta luz no campo verde a meus pés

O que vejo lá?
Mata nativa instiga o olho que só visa me levar
Sobe fumaça branca e a pupila se abre pra avisar
Se há fumaça, há farrapos por lá
Eu acho que é bem

Eu indo ao pampa
O pampa indo em mim
Eu indo ao pampa
O pampa indo em mim

Quase ano 2000
Mas de repente avanço a 1838
Eu digo avanço porque é claro que os homens por ali
Estão pra lá dos homens do ano 2000

Oigalê, que tal
Sou o futuro imperfeito de um passado sem lugar
Com a missão de olhar pra tudo e em tudo viajar
Pra não ser só um cego num espaço sem ar
Eu acho que é bem

Eu indo ao pampa
O pampa indo em mim
Eu indo ao pampa
O pampa indo em mim

Diz um capitão
Seja bem vindo, hombre, nosso tempo é todo teu
Tempo de morte, dor e fome, mas tempo de pelear
Onde as ideias não são cegas sem ar

Só vou te pedir
A montaria, exausta, não consegue mais andar
Que a partir de agora seja nosso o carro em que estás
Pois só um carroção nos pode levar

E lá vamos nós
Seguindo a frente fria, pampa a dentro e através
Séculos 19 e 21 fundidos sob o céu
Que estende tanta luz no campo rubro a meus pés
Eu acho que é bem, é

Eu indo ao pampa
O pampa indo em mim
Eu indo ao pampa
O pampa indo em mim

Eu indo ao pampa
O pampa indo em mim
Eu indo ao pampa



Credits
Writer(s): Vitor Hugo Alves Ramil
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