Linguarás

Linguará, linguará
Bugre descendente da terra vermelha, linguará
Linguará, linguará
Formigueiro em fogo, corpo em oferenda ao deus dará

Gole de cachaça, gaita sobre o ombro
O bugre se enrolava
Numa encruzilhada, num fundão de fundo
Fazendo oração

Mas dois bugres mudos que olhavam tudo
Pandeiro e violão
E eu que não estava, nem ali passava
Escutei a canção

Tatanho, me ensina a mazurca
Tatanho, me ensina a mazurca, Tatanho, me ensina
Tatanho, me ensina a mazurca
Tatanho, me ensina a mazurca, Tatanho, me ensina

Linguará, linguará
Bugre descendente da terra vermelha, linguará
Linguará, linguará
Formigueiro em fogo, corpo em oferenda ao deus dará

Enquanto eu não estava, nem ali passava
Bugre foi sumindo
Gaita resmungando, pandeiro redobrando
Viola repetindo

Os linguarás se foram
Na poeira do caminho, findado e começando
Tempo consumindo
Alma desdobrando, coração ouvindo

Tatanho, me ensina a mazurca
Tatanho, me ensina a mazurca, Tatanho, me ensina
Tatanho, me ensina a mazurca
Tatanho, me ensina a mazurca, Tatanho, me ensina

Linguará, linguará
Linguará, linguará
Linguará, linguará



Credits
Writer(s): Vinicius Brum
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