O Menino Que Virou Gigante

Cadê o menino, de corpo franzino
Humilde de berço de pai e de avô
Moleque ladino, mais um nordestino
Chegado a pouco do interior
Cadê o menino de olhar tão esperto
Coração aberto, de livre sonhar?
Na cidade grande, milhões de atrativos!
O menino poeta só viu as estantes
Das lojas de discos e de livros!
Cadê o menino amante das letras
Pobre e sonhador!
Menino que lia e, às vezes, ouvia
Alguém que dizia, ele vai ser doutor!
Mas quis o destino
Que aquele menino de alma expandida!
Voasse bem alto, pousasse no asfalto
Buscasse nas artes seu meio de vida!
Um dia ele abriu seu miaeiro
Contou o minguado dinheiro,
Vestiu a camisa de brisa e partiu!
Foi pro Rio de Janeiro!
Exaltou a Mama África!
Imprimiu a sua estética!
Desafiou qualquer didática!
Disseminou sua poética!
Aquele menino de corpo franzino virou Gigante!
Moleque ladino, hoje é o ser cantante!
Que esbanjou Filosofia, desmascarou a hipocrisia!
Condenou a mais-valia
E decretou!
Decretou na sua terra o Estado de Poesia!
Aquele menino de corpo franzino virou Gigante!
Moleque ladino, hoje é o ser cantante!
Que esbanjou Filosofia, desmascarou a hipocrisia!
Condenou a mais-valia
E decretou!
Decretou na sua terra o Estado de Poesia!



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