Herança

Meu samba eterno é doce
Herança que não vai se acabar
Ardente, como em ferro fosse
Em brasa, pra não se apagar

Não basta ser o rei da noite
Que leve multidões ao dia
Não cobrirá o açoite
Nem com toda filosofia

Do que nos vale um castelo na areia?
A reveria das ondas do mar
No ritual que transcende e permeia
Samba é o sussurro da voz ancestral

Brada o silêncio
Apelo ao bom senso pra te ouvir cantar
Nada é mais propenso
Que um bom samba entoar

Samba, muito mais que um canto
É lascivo encanto que paira no ar
Traz a pureza de um santo
É nego, é banto, meu Brasil a cantar

Traz a pureza de um santo
É nego, é banto, meu Brasil a cantar



Credits
Writer(s): Marquinhos De Oswaldo Cruz
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