Soneto

Eu da estrela polar fiz uma conta
Que gastei no colar daquela ingrata
Que lançou-me um facão feito de prata
Dentro do coração de ponta a ponta

Fiz da estrela-do-mar um diadema
Pus a gema na testa da serpente
Ela se derreteu feito aço quente
E acorrentando o peito como algema

Veio-lhe a estrela do olhar como a guia
Ela deixou quebrar no chão da estrada
E me vendo chorar ela sorria

Só que um dia acordou apaixonada
Mas de estrelas enfim já nada haviam
Eu não pude de mim lhe dar mais nada

Eu da estrela polar fiz uma conta
Que gastei no colar daquela ingrata
Que lançou-me um facão feito de prata
Dentro do coração de ponta a ponta

Fiz da estrela-do-mar um diadema
Pus a gema na testa da serpente
Ela se derreteu feito aço quente
E acorrentando o peito como algema

Veio-lhe a estrela do olhar como a guia
Ela deixou quebrar no chão da estrada
E me vendo chorar ela sorria

Só que um dia acordou apaixonada
Mas de estrelas enfim já nada haviam
Eu não pude de mim lhe dar mais nada



Credits
Writer(s): Dori Caymmi, Paulo Cesar Francisco Pinheiro
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