Incólumes

Nas ruas paredes de gás
A dor respira, não tem endereço
Enquanto aqui estamos, incólumes
Uma criança morre sem nome

E ricos se tornam imortais
Os mísseis viajam em direção a inocência
E as vidas sem importância estão aqui morrendo de fome

E a dor que transborda não cabe nas embarcações
São corpos vazios

Incólumes

Incólumes

Imersos em doses mortais
O desespero fala, não tem endereço
Enquanto aqui estamos, incólumes
Uma criança morre sem nome

E os ventos nos mandam sinais
O calor nos deixa a beira da inconsciência
E as vidas sem importância
Estão aqui morrendo de fome

E a dor que transborda, não cabe nas embarcações
São corpos vazios

Incólumes

Incólumes

Incólumes

Incólumes



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