A Morte É Amiga

Do medo que conduz a morte
Deste mundo que fere a alma
Nada que nunca foi
Sempre o mesmo
Num rumo sem fim
Perdido na dor

Certa vez um sábio
Disse que a morte é amiga
Pois a dor acaba nela
Entendi que a morte é amiga mesmo

Ando no mesmo caminho
Sempre me deparo no começo
O instinto nem existe mais
Depois que angústia consome

Sobra a carcaça vagante, não sinto nada
Nada além da dor contundente
Ríspidos são meus pensamentos
Melancólicos os olhos
Na mente, um buraco negro
Que consome meu senso de vida

Qual propósito viver?
Sobreviver entre víboras com sede de poder?
Vale a pena viver alguns anos a mais pela esperança?

A lama que cresce no império dos insanos
A dor que acompanha meu ser
Dia pós dias até minha morte
Pois nela, há descanso



Credits
Writer(s): Jose Anderson
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