Croché

Esperei-te nas Virtudes
E fiquei a ver o mar
Procurei-te nos Leões
A ver navios a passar
Só na Cordoaria
É que um bêbado a mijar
Me disse
Que talvez um dia te viesse a beijar

Para minha salvação
Entre o Carmo e a Trindade
Num bar da Conceição
lá deu para falar um bocado
E o que eu contava dizer, na verdade
É que ansiava em poder ser amado
Mas acabei a falar na diferença
Entre um peitoral e um rebuçado
(Não...)

Então solta o cabelo
Desfaz o novelo
Eu não faço croché
Mas quando te vejo
Fico emaranhado,
Fico gago
Vá-se lá saber porquê

Não sei bem porquê
Vá-se lá saber
Porquê

Mas os copos de tintol
Lá começaram a rodar
E os nós da minha língua solta
A aprender a falar
E qual chicla de mentol
Qual flor de jasmim
Espetaste-me de um beijo
Que sabia a caviar

Então solta o cabelo
Desfaz o novelo
Eu não faço croché
Mas quando te beijo
Fico emaranhado
Fico gago
Vá-se lá saber porquê

Não sei bem porquê
Vá-se lá saber
Porquê



Credits
Writer(s): João Amorim, João Campello, Manuel Dinis
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