A Arte de Ser Indecifrável

Sou a arte de ser indecifrável, numa boa
Derrubo gigantes, tipo Jonah em Samoa
Me afogo em tempestades de garoa
Tsunamis arrasta aqueles que me magoa

Na boa, até que eu queria ficar sozinho
Quando acho, tomo um gole de ansiedade
Encontrei migalhas em meu caminho
O jeito é não deixar rastros dessa passagem

Difícil compreender, explicar ou penetrar
Buscar joias é meu foco, e nem sou Steve
Sem usar as vestimentas para te intimidar
Mas a mente é perversa, um 2K Stewie

Icônico como as artes do Bandeira
Expresso e parece não representacional
Talvez seria se fosse um desses filho da puta
Jackando, matando e estando no jornal

Nossa terra tá cheia de abusador
Parece que essa porra virou moda
Pena de morte a esses vermes, eu sou a favor
Com arrancamento e esmagamento da amora

Não passo pano, jogo Qboa nisso
Separe sentimentos de atitudes, amigo
Daí verás que sou duro de moer
Muito mais que o pescoço do Valdomiro

Miro com precisão de Biro, sem vaidade
O profeta das ruas, peitando fariseus
Pra nós, profecia de vitória e prosperidade
Se tu não acredita, então o problema é teu

Decifrável
A arte de ser indecifrável
Decifrável
A arte de ser

Sigo na meta sempre de contar malote
Fazer anjo parar pra contar minha sorte
Sempre farejando, quem viveu com a dor do corte
Calejando as cicatrizes pra contrariar minha morte (Pô)

Preparado pro que for, cola comigo os de cor
Veja minha arte se tu quer entender minha dor
Sigo solo pr'onde vou, permanece quem tentou
Na mesma maré eu entendo quem se afogou

Essa é minha caça, fala mansa, ritmo a quem dança
Trago meu trajeto desenhado na minha trança
Eu, corro você cansa, conquista ou alcança?
Saiba a diferença entre quem fode e quem transa

Aqui com o tempo nois avança, fih, vara as madrugadas
Vivo com a opção de puxar o pino da granada
Ser muito ou ser nada aqui? Ser paz ou ser praga?
Pecado é morrer com sua ideia enterrada

Tô com as rédeas do meu santo, hoje é eu que mando
Faço minhas profecias, e pra realizar eu canto
Sem choro, sem pranto! Minha marca no meu manto
Olha no centro quem foi jogado de canto

Conta quantos cria vive pra ter valor no que fala
A maioria na quebra tá cavando a própria vala
Cê vê a diferença dos que morrem pela boca
E pra não ser estatística eu que não posso dar pala

Ser clássico como Opala, boombap e rima rara
Que com o passar do tempo minhas letras fica mais cara
Cê fala ou cê cala! Cê corre ou cê para
Que pá me decifrar cê vai ter que me ouvir de novo!

Decifrável
A arte de ser indecifrável
Decifrável
A arte de ser

A arte de ser!



Credits
Writer(s): Brendon Ribeiro França, Diego Alves Da Silva
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