Fogo

Bruta, fonte do sagrado e do profano
Dose do veneno mais cruel
Lentamente posso enlouquecer
Dualidade indomável

Eu sou o amor que arde no fogo
Eu sou uma flor que nasce no fosso

Louca, crenças cultivando minhas culpas
Bem e mal disputam meu prazer
Julgam o meu íntimo infiel
Delirante incansável

Eu sou o amor que arde no fogo
Eu sou uma flor que nasce no fosso

Confinada a sete chaves de mim
Acordada no breu da madrugada infinita
A verdade corroendo vazios
Eu através, inversa
Feita de pequenos retalhos
Detalhes que iluminam versos e selvas para dentro do peito
Do suspiro reinvento um eixo
Finjo existir conexão, finjo estar em outro plano
Finjo entender o que é o mundo estrangeiro
De estranhamentos em espantos
De amor em desencantos, reluz um grão de areia em mim
Da vida me enfureço, me mergulho, me ofereço
No fosso mais profundo adormeço
Sonho com um novo mundo
Revelando mundos, para revelar a mim

Fogo, fogo, fogo, fogo



Credits
Writer(s): Magrão, Roberta Dittz, Rodrigo Solidade, Ruth Rosa
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