Inventados

Através dos dias intranquilos de sonhos
Re-inventamos alguma força balançamos
Escalando um espaço dentro dos olhares perdidos
É como querer acender velas em desertos de ventos
Só que no fósforo o que risca é atrito de vontade
É matéria invisível que assopra pelos ouvidos
Escorre no pescoço, até atingir
O peito
Absorvemos os outros, na amizade circular dos abraços
Como crianças em carrosséis ferozes
Giramos até espiralar pra cima
Para que a nova queda vire energia de um novo impulso
É esse o risco
Voar com as vendas
Abrir os braços sem saber se o vento corta
Ou se é mesmo os afetos o que nos faz subir
É fechar os olhos para enxergar melhor
O mundo dos sentidos
Pelas cores que borbulham de dentro
Em cheiros e toques de inventos
Diante da fúria dos olhos que não enxergam o medo
É que encontramos o alvo
Ser eterna estrada
Ser caminho a percorrer
Ser encontros e solavancos
Ser tropeços pelo chão das histórias
A vida é algo único sobre o qual nos equilibramos
Até alcançarmos, sabe-se lá o quê sabe-se lá por quê
Só se sabe quando se chega e se crê
E se crê



Credits
Writer(s): Magrão, Roberta Dittz, Rodrigo Solidade, Ruth Rosa
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