Gragoatá

Um sentimento agridoce
Uma vontade de falar
Sem nada a dizer
O dia passa devagar
Ele se sente assim também
É o que o vento sussurra enquanto a água brilha
Entregue a paz dolorosa do cinza

Outro compromisso ausente
Duradouro como isso que a gente jura que teve
Nunca antes
Nunca tão torto, um remédio sem efeito
A sensação estranha no meu peito que eu te disse ainda não passou
E o alarme esses dias não me acordou
Ele falha
Eu falho
Covarde
Covarde

Por favor alguém venha me convencer
Que eu não sou um poeta, não importa quanto eu tente
Me indulgir
Ao me deitar na natureza
Ou mergulhar de cabeça
Em tudo que me possa fazer sentir (mais?)

Como se já não fosse o bastante
Pra manter distante tudo aquilo que achei que estaria sempre perto
Como eu queria parar de achar que eu estou sempre certo
Como eu queria parar de reclamar tanto
Como eu queria querer algo tanto quanto

Acreditar que eu com eu mesmo sou um só

Que esse vazio poderia ser só uma
Ficção
Frescura, confusa com depressão
E que só falar faria tudo bem
Faria tudo pra sempre bem

Mas sem nada a dizer
O dia passa devagar

E já tá na hora de eu me levantar e sair daqui



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