Contraditório

As vezes, me sinto tão sem tempo
As vezes, penso "Ainda sou tão jovem"
As vezes, durmo até o fim da tarde
As vezes, o sol eu quem acordo

As vezes, sinto pressa e afoito
E sempre odiei os dias que chovem
Lembro que nasci em noventa e oito
Não sei se me acalma ou se me move

Ando sempre em contradição
Te cobro e odeio ser cobrado
Não sei se acredito em perfeição
Mas não quero quem falha do meu lado
Cansei de chorar os dias pros céus
Preciso de um pai, tô tão cansado
Mas álcool não apaga fogaréu
Tolo aprende com sábio ficar calado

Quarto quieto e "cabeça um barulho"
Cacos pra não sumir, não perecer
Tentei-ficar sóbrio bebendo puro
E no final misturei tudo dissolver

Na feição, o olhar tá mais maduro
No passado eu errei, não pude antever
Continuo confuso sobre futuro
Uso presente pra aprender e viver

Não sei quando mudam esses sentimentos
Solidão se transforma em liberdade
Mas sinto mudar algo no meu peito, quero me encontrar, tô com saudade
São Paulo sempre me entregou tudo, amor, ódio, carinho, vaidade
Deve ser por isso que eu sou assim, não me vejo mudando de cidade



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