Homem na Estrada - Ao Vivo
Eu teria muito pra falar
Mas eu não vou falar nada sobre essa música
E nunca mais voltou
Um homem na estrada recomeça sua vida
Sua finalidade, a sua liberdade
Foi que foi perdida, subtraída
E quer provar a si mesmo que realmente mudou
Que se recuperou e quer viver em paz
Não olhar para trás
Dizer ao crime: nunca mais!
Pois sua infância não foi um mar de rosas, não
Na FEBEM, lembranças dolorosas, então
Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim
Muitos morreram sim, sonhando alto assim
Me digam quem é feliz
Quem não se desespera
Vendo nascer seu filho no berço da miséria?
Um lugar onde só tinham como atração
O bar, e o candomblé pra se tomar a bênção
Esse é o palco da história que por mim será contada
Um homem na estrada
Hey, yeah yeah
Hey, yeah
E nunca mais voltou
Não voltou, não (yeah)
(Hey, yeah yeah)
É, rapa'
Vamo acordar agora
Vamo acordar! (E nunca mais voltou)
A partir da terceira eu não aceito mais sono, hein!
Não voltou, não
Como é que vai, Santos?
Equilibrado num barranco incômodo
Mal acabado e sujo
Porém seu único lar, seu bem e seu refúgio
Um cheiro horrível de esgoto no quintal
Por cima ou por baixo, se chover será fatal
Um pedaço do inferno, aqui é onde eu estou
Até o IBGE passou aqui e nunca mais voltou
Numerou os barracos, fez uma pá de perguntas
Logo depois esqueceram, filha da puta
Acharam uma mina morta e estuprada
Deviam estar com muita raiva
(Mano, quanta paulada)
Estava irreconhecível (aham)
O rosto desfigurado
Deu meia-noite e o corpo ainda estava lá
Coberto com lençol, ressecado pelo sol, jogado
O IML estava só dez horas atrasado
Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim
Quero que meu filho nem se lembre daqui
Tenha uma vida segura, não quero que ele cresça
Com um oitão na cintura e uma PT na cabeça
E o resto da madrugada, sem dormir
Ele pensa o que fazer para sair dessa situação
Desempregado então, com má reputação
Viveu na detenção, ninguém confia não
E a vida desse homem para sempre foi danificada
Um homem na estrada (hey, yeah yeah)
E nunca mais voltou, não voltou, não! (Uh)
Hey, yeah, yeah
E nunca mais voltou, não voltou não! (Uh)
Hey, hey
Amanhece mais um dia e tudo é exatamente igual
Calor insuportável, 28 graus
Faltou água, já é rotina, monotonia
Não tem prazo pra voltar, hã!
Já fazem cinco dias
São dez horas, a rua está agitada
Uma ambulância foi chamada com extrema urgência
Loucura, violência exagerada
Espancou a própria mãe, estava embriagado
Mas bem antes da ressaca ele foi julgado
Arrastado pela rua o pobre do elemento
O inevitável linchamento, imaginem só!
Ele ficou bem feio, não tiveram dó!
Os ricos fazem campanha contra as drogas
E falam sobre o poder destrutivo dela
Por outro lado, promovem e ganham muito dinheiro
Com o álcool que é vendido na favela
Empapuçado ele sai, vai dar um rolê
Não acredita no que vê, não daquela maneira
Crianças, gatos, cachorros disputam palmo a palmo
Seu café da manhã na lateral da feira
Molecada sem futuro, eu já consigo ver
Só vão na escola pra comer, apenas, nada mais
Como é que vão aprender sem incentivo de alguém
Sem orgulho e sem respeito
Sem saúde e sem paz
Um mano meu 'tava ganhando um dinheiro
Tinha comprado um carro, até Rolex tinha
Foi... à queima roupa no colégio
Abastecendo a playboyzada de farinha
Ficou famoso, virou notícia, rendeu dinheiro aos jornais
Hm, cartaz à policia
20 anos de idade, alcançou os primeiros lugares
Superstar do Notícias Populares!
Eu vou rezar pra esse domingo não chover
Pois eu quero passear no parque (viva Jorge Ben!)
Novamente, de mãos dadas com você
Inspiração total!
Espiritual, transcendental, ancestral!
Mas eu não vou falar nada sobre essa música
E nunca mais voltou
Um homem na estrada recomeça sua vida
Sua finalidade, a sua liberdade
Foi que foi perdida, subtraída
E quer provar a si mesmo que realmente mudou
Que se recuperou e quer viver em paz
Não olhar para trás
Dizer ao crime: nunca mais!
Pois sua infância não foi um mar de rosas, não
Na FEBEM, lembranças dolorosas, então
Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim
Muitos morreram sim, sonhando alto assim
Me digam quem é feliz
Quem não se desespera
Vendo nascer seu filho no berço da miséria?
Um lugar onde só tinham como atração
O bar, e o candomblé pra se tomar a bênção
Esse é o palco da história que por mim será contada
Um homem na estrada
Hey, yeah yeah
Hey, yeah
E nunca mais voltou
Não voltou, não (yeah)
(Hey, yeah yeah)
É, rapa'
Vamo acordar agora
Vamo acordar! (E nunca mais voltou)
A partir da terceira eu não aceito mais sono, hein!
Não voltou, não
Como é que vai, Santos?
Equilibrado num barranco incômodo
Mal acabado e sujo
Porém seu único lar, seu bem e seu refúgio
Um cheiro horrível de esgoto no quintal
Por cima ou por baixo, se chover será fatal
Um pedaço do inferno, aqui é onde eu estou
Até o IBGE passou aqui e nunca mais voltou
Numerou os barracos, fez uma pá de perguntas
Logo depois esqueceram, filha da puta
Acharam uma mina morta e estuprada
Deviam estar com muita raiva
(Mano, quanta paulada)
Estava irreconhecível (aham)
O rosto desfigurado
Deu meia-noite e o corpo ainda estava lá
Coberto com lençol, ressecado pelo sol, jogado
O IML estava só dez horas atrasado
Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim
Quero que meu filho nem se lembre daqui
Tenha uma vida segura, não quero que ele cresça
Com um oitão na cintura e uma PT na cabeça
E o resto da madrugada, sem dormir
Ele pensa o que fazer para sair dessa situação
Desempregado então, com má reputação
Viveu na detenção, ninguém confia não
E a vida desse homem para sempre foi danificada
Um homem na estrada (hey, yeah yeah)
E nunca mais voltou, não voltou, não! (Uh)
Hey, yeah, yeah
E nunca mais voltou, não voltou não! (Uh)
Hey, hey
Amanhece mais um dia e tudo é exatamente igual
Calor insuportável, 28 graus
Faltou água, já é rotina, monotonia
Não tem prazo pra voltar, hã!
Já fazem cinco dias
São dez horas, a rua está agitada
Uma ambulância foi chamada com extrema urgência
Loucura, violência exagerada
Espancou a própria mãe, estava embriagado
Mas bem antes da ressaca ele foi julgado
Arrastado pela rua o pobre do elemento
O inevitável linchamento, imaginem só!
Ele ficou bem feio, não tiveram dó!
Os ricos fazem campanha contra as drogas
E falam sobre o poder destrutivo dela
Por outro lado, promovem e ganham muito dinheiro
Com o álcool que é vendido na favela
Empapuçado ele sai, vai dar um rolê
Não acredita no que vê, não daquela maneira
Crianças, gatos, cachorros disputam palmo a palmo
Seu café da manhã na lateral da feira
Molecada sem futuro, eu já consigo ver
Só vão na escola pra comer, apenas, nada mais
Como é que vão aprender sem incentivo de alguém
Sem orgulho e sem respeito
Sem saúde e sem paz
Um mano meu 'tava ganhando um dinheiro
Tinha comprado um carro, até Rolex tinha
Foi... à queima roupa no colégio
Abastecendo a playboyzada de farinha
Ficou famoso, virou notícia, rendeu dinheiro aos jornais
Hm, cartaz à policia
20 anos de idade, alcançou os primeiros lugares
Superstar do Notícias Populares!
Eu vou rezar pra esse domingo não chover
Pois eu quero passear no parque (viva Jorge Ben!)
Novamente, de mãos dadas com você
Inspiração total!
Espiritual, transcendental, ancestral!
Credits
Writer(s): Pedro Paulo Soares Pereira
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