Verme

Fluído de máquina
Metal retorcido
Um lindo shibari
Acorda pra vida
Nunca é triste
Se o fim é alívio
A dor já passou
Sofrer é estar vivo
Lá estava ela
Deitada na chuva
Sem saber da própria sorte
Uma estrutura metálica
Que ressoa
Bate estaca descendo lentamente

É tipo roda
Girando no próprio eixo
Vai desgastando
Superaquecendo
Até não aguentar mais
Tá queimando aqui dentro
Tá queimando, como queima

Quero me deitar
Contigo agarrado
Nós dois em chamas
A descansar
Teu corpo em pedra
Minha carne em fibras
O verme que tudo corrói
A nos abraçar

Objeto estranho
Sentimento puro
Um animal dócil
Cólera no pescoço
Pobre besta em sofrimento
Não tem outra saída
Ritual de sacrífico
Nessa gaiola cheia
Ed estava certo
Esse vazio imenso
Com cara de pós moderno
Se for só isso
Eu prefiro a morte
Abro mão da vida
Pra tentar na sorte

Quero me deitar
Contigo agarrado
Nós dois em chamas
A descansar
Teu corpo em pedra
Minha carne em fibras
O verme que tudo corrói
A nos abraçar

Quero me deitar
Contigo agarrado
Nós dois em chamas
A descansar
Teu corpo em pedra
Minha carne em fibras
O verme que tudo corrói
A nos abraçar



Credits
Writer(s): Tibor Raposo
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