Reminiscências

O varal era o arame farpado
Da cerca que guardava o quintal
Do outro lado crescia o roçado
Com espigas verdes do milharal
O vento brincando nas roupas
Agitava esse meu coração
Que pulsava entre montanhas, grotas, bocas
Rompendo o mato cortando à facão

A flor tão branca do mimoso Manacá
Brilhava ao longe, refletia a luz da lua
Corria o tempo pelas tardes do lugar
Manhãs tão frias de geada e alma nua
A bica d'água e o rangido da porteira
É a melodia que hoje trago na canção
O estilingue que levava na algibeira
E a passarada despertando no sertão

Virava a noite, revelando a luz do dia
Contando estrelas, espantando a solidão
De peito aberto, ruminando a alegria
Num verso simples entoado em oração
Se foi o vento, a cerca, o arame farpado
Se foi a roupa, a espiga, o Manacá
A bica d'água, a porteira e o roçado
Só a passarada ainda insite em cantar
Virava a noite, revelando a luz do dia
Contando estrelas, espantando a solidão
De peito aberto ruminando a alegria
Num verso simples entoado em oração
Se foi o vento, a cerca, o arame farpado
Se foi a roupa, a espiga, o Manacá
A bica d'água, a porteira e o roçado
Só a passarada ainda insiste em cantar
Só a passarada ainda insiste em cantar

O varal era o arame farpado
Da cerca que guardava o quintal
Do outro lado crescia o roçado
Com esoigas verdes do milharal



Credits
Writer(s): José Rafael Leite
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