Pé na Porta (feat. Marley DuCorte) [Demo]
Eu sou aquilo que zumbi queria
Eu sou da lama que nana criava
Sou zumbido no pé ouvido
Eu sou o pé na porta da tua casa
Tatuando a mente daquele muleque
Que desde de muito cedo rejeita sua pele
Aprender que o corpo preto é um templo sagrado
Quanto mais pintado mais se fortalece
Revolução do Haiti foi semana passada
Quando dois comparsa pegaram um guarda no soco
E esses papo comunista que Marx falava
Já se vivia no terreiro quando se tem pouco
Me pediram terapia pra curar os traumas
Quando me faltava pia pra lavar o rosto
Eles me deram um exorcismo pra matar fantasmas
Pro demônio da barriga precisei de um almoço
Esses boy falam de Che com c* cheio de money
Com postura cult e boné vermelhinho
Minha coroa com dois pule e uma banca de bicho
É muito mais revolução do que ces tudinho
Se a vingança é um prato que se come frio
Isso é problema que não preciso preocupar
Nem estresse pique panela vazia
Mente cheia, corpo são e nada pra esquentar (há)
Mas sobra o axé e carinho da casa de mãe Tati
Pra me falar com muito amor que essa dor faz parte
Mesmo sabendo que isso é muito pouco
Tudo só faz sentido se a gente reparte
A paz ausente me esqueceu foi compra cigarro
E quando falta o abraço você sabe o que sente
E pra ocupar a falta que se espalhava aqui dentro
A mãe foi arte e me deu colo e esteve sempre presente
Tenho corpo fechado e as costas forte
Abdias me ensinou a não silenciar
Exu me deu caminho pra não amar chicotes
Pra cobrir as cicatrizes eu vim pra tatuar
Convoco meus Adinkra pra me sustentar
Sendo bem didático pra vê se não esquece
Avisa quem comanda cena é Marley no corte
Bione no ouvido e Fábio na pele
Eu sou aquilo que zumbi queria
Eu sou da lama que nana criava
Sou zumbido no pé ouvido
Eu sou o pé na porta da tua casa
Entrando na mente daquelas mulheres
Que querem edificar sua autoestima
Pra entender que poder pra nós é sagrado
E eu comunico isso amassando na rima
Você não aguentaria uma semana na minha vida
Quem dirá 500 anos com história pervertida
Onde tem quem quer poder onde tem quem quer comida
Um lutar por vida digna outro ver no chão e pisa
Esse sistema nos pisa em nós que ta a saída
A pirraia louca não para crescida com o suporte
Que me fez secar a caneta olha bem na minha cara sugira que eu quero ibope
Veja bem minha pele preta, vai dizer que eu tive sorte
Por ser a retinta da escola por dominar oratória por comprar um doze mola
Porra ces não me respeitam, pelo corpo que eu habito
Eu mesma não tive zelo, quando não me amei no espelho
Chorei pelo meu cabelo, não era igual o da modelo
Numa escola só de branco não estudei o povo preto
Me apeguei ao povo preto
Hoje eu que sou a modelo, tô me amando por inteiro
Eu sou aquilo que zumbi queria
Eu sou da lama que nana criava
Sou zumbido no pé ouvido
Eu sou o pé na porta da tua casa
Levando autoestima pro povo preto
Que desde cedo não sabe o que é zelo
Aprender que o ori é coisa sagrada
E que sua coroa é o seu cabelo
Descendo pelas escadas
(Que lindo dia que triste cena)
Podia ser eu de novo
(Fica na tua não é seu problema)
Mataram mais um no morro
(Engole o choro faz parte do esquema)
Maria chorar de novo
(É tentador mas não vale a pena)
Aqui não é gêmeos, não é trigêmeo é tudo preto igual eu e tu
F azendo hip-hop de verdade mandamos playboy tomar no c*
Eu falo mesmo eu estarro mesmo, Que eu não fui feito pra ser baú
Sempre confio no meu caminho no mensageiro Laroyê Exu
Desde cedo que eu aprendi que financeiramente eu não podia contar
Faltando comida em cima da mesa sobrando muita conta pra poder pagar (pagar)
E foi aí que eu entendi como sistema sujo ele só faz cobrar
Cobrar até autoestima do meu povo que joga o jogo ou se joga no mar
Um exemplo é o meu pai que se afundou no lixo
Procurando uma resposta na porr* de um bar
Perdendo sua família para um vicio escroto enquanto meu vício é aquilombar
Aqui é gueto é povo preto fugindo sempre do (tiros)
Sempre se unindo se aquilombando e formando novo povo zulu
Aqui é gueto é povo preto fugindo sempre do parálatum
Sempre se unindo se aquilombando e formando novo povo zulu
Eu sou da lama que nana criava
Sou zumbido no pé ouvido
Eu sou o pé na porta da tua casa
Tatuando a mente daquele muleque
Que desde de muito cedo rejeita sua pele
Aprender que o corpo preto é um templo sagrado
Quanto mais pintado mais se fortalece
Revolução do Haiti foi semana passada
Quando dois comparsa pegaram um guarda no soco
E esses papo comunista que Marx falava
Já se vivia no terreiro quando se tem pouco
Me pediram terapia pra curar os traumas
Quando me faltava pia pra lavar o rosto
Eles me deram um exorcismo pra matar fantasmas
Pro demônio da barriga precisei de um almoço
Esses boy falam de Che com c* cheio de money
Com postura cult e boné vermelhinho
Minha coroa com dois pule e uma banca de bicho
É muito mais revolução do que ces tudinho
Se a vingança é um prato que se come frio
Isso é problema que não preciso preocupar
Nem estresse pique panela vazia
Mente cheia, corpo são e nada pra esquentar (há)
Mas sobra o axé e carinho da casa de mãe Tati
Pra me falar com muito amor que essa dor faz parte
Mesmo sabendo que isso é muito pouco
Tudo só faz sentido se a gente reparte
A paz ausente me esqueceu foi compra cigarro
E quando falta o abraço você sabe o que sente
E pra ocupar a falta que se espalhava aqui dentro
A mãe foi arte e me deu colo e esteve sempre presente
Tenho corpo fechado e as costas forte
Abdias me ensinou a não silenciar
Exu me deu caminho pra não amar chicotes
Pra cobrir as cicatrizes eu vim pra tatuar
Convoco meus Adinkra pra me sustentar
Sendo bem didático pra vê se não esquece
Avisa quem comanda cena é Marley no corte
Bione no ouvido e Fábio na pele
Eu sou aquilo que zumbi queria
Eu sou da lama que nana criava
Sou zumbido no pé ouvido
Eu sou o pé na porta da tua casa
Entrando na mente daquelas mulheres
Que querem edificar sua autoestima
Pra entender que poder pra nós é sagrado
E eu comunico isso amassando na rima
Você não aguentaria uma semana na minha vida
Quem dirá 500 anos com história pervertida
Onde tem quem quer poder onde tem quem quer comida
Um lutar por vida digna outro ver no chão e pisa
Esse sistema nos pisa em nós que ta a saída
A pirraia louca não para crescida com o suporte
Que me fez secar a caneta olha bem na minha cara sugira que eu quero ibope
Veja bem minha pele preta, vai dizer que eu tive sorte
Por ser a retinta da escola por dominar oratória por comprar um doze mola
Porra ces não me respeitam, pelo corpo que eu habito
Eu mesma não tive zelo, quando não me amei no espelho
Chorei pelo meu cabelo, não era igual o da modelo
Numa escola só de branco não estudei o povo preto
Me apeguei ao povo preto
Hoje eu que sou a modelo, tô me amando por inteiro
Eu sou aquilo que zumbi queria
Eu sou da lama que nana criava
Sou zumbido no pé ouvido
Eu sou o pé na porta da tua casa
Levando autoestima pro povo preto
Que desde cedo não sabe o que é zelo
Aprender que o ori é coisa sagrada
E que sua coroa é o seu cabelo
Descendo pelas escadas
(Que lindo dia que triste cena)
Podia ser eu de novo
(Fica na tua não é seu problema)
Mataram mais um no morro
(Engole o choro faz parte do esquema)
Maria chorar de novo
(É tentador mas não vale a pena)
Aqui não é gêmeos, não é trigêmeo é tudo preto igual eu e tu
F azendo hip-hop de verdade mandamos playboy tomar no c*
Eu falo mesmo eu estarro mesmo, Que eu não fui feito pra ser baú
Sempre confio no meu caminho no mensageiro Laroyê Exu
Desde cedo que eu aprendi que financeiramente eu não podia contar
Faltando comida em cima da mesa sobrando muita conta pra poder pagar (pagar)
E foi aí que eu entendi como sistema sujo ele só faz cobrar
Cobrar até autoestima do meu povo que joga o jogo ou se joga no mar
Um exemplo é o meu pai que se afundou no lixo
Procurando uma resposta na porr* de um bar
Perdendo sua família para um vicio escroto enquanto meu vício é aquilombar
Aqui é gueto é povo preto fugindo sempre do (tiros)
Sempre se unindo se aquilombando e formando novo povo zulu
Aqui é gueto é povo preto fugindo sempre do parálatum
Sempre se unindo se aquilombando e formando novo povo zulu
Credits
Writer(s): Bione, Fabio Lopes, Laeü, Marley Ducorte
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