Campesino
Eu nunca afrouxei a perna pra potro que corcoveia
Me criei montando em pelo surrando só nas oreia'
E quando o matungo roda, é que a coisa fica feia
Sou ligeirito no más, sou destes que não se enleia
Num aparte de mangueira, tanto a pé como a cavalo
Na saída de algum brete sempre botei meu pealo
E quando a prosa é demais, eu ouço muito e me calo
Me deito em altas à noite, me acordo ao cantar do galo
Quando faço um alambrado que espicho bem o arame
Se escapa o esticador o tombo é que mais infame
Se danço mal o fandango, não importo que reclame
E em namoro de cozinha, só me paro no baldrame
Se me meto na carpeta pra jogar, não jogo pouco
Se for preciso até brigo, mas não entrego os meus troco
O jogo é coisa do Diabo e eu sou burro quando empaca
Já levantei de uma mesa com dez cartas na guaiaca
Meu serviço é coisa bruta que não serve pra doutor
Nem pra estes de cola-fina metido a conquistador
Vivo lavrando a boi, pisando no meu suor
Levantando alguma vaca num fundo de um corredor
Fui criado meio xucro, um pobre peão de estância
Venho curtido de estrada de tanto encurtar distância
Respeitando a minha estampa no amor pela Querência
Sou feito de pau a pique com o Rio Grande na consciência
Com o Rio Grande na consciência
Com o Rio Grande na consciência
Me criei montando em pelo surrando só nas oreia'
E quando o matungo roda, é que a coisa fica feia
Sou ligeirito no más, sou destes que não se enleia
Num aparte de mangueira, tanto a pé como a cavalo
Na saída de algum brete sempre botei meu pealo
E quando a prosa é demais, eu ouço muito e me calo
Me deito em altas à noite, me acordo ao cantar do galo
Quando faço um alambrado que espicho bem o arame
Se escapa o esticador o tombo é que mais infame
Se danço mal o fandango, não importo que reclame
E em namoro de cozinha, só me paro no baldrame
Se me meto na carpeta pra jogar, não jogo pouco
Se for preciso até brigo, mas não entrego os meus troco
O jogo é coisa do Diabo e eu sou burro quando empaca
Já levantei de uma mesa com dez cartas na guaiaca
Meu serviço é coisa bruta que não serve pra doutor
Nem pra estes de cola-fina metido a conquistador
Vivo lavrando a boi, pisando no meu suor
Levantando alguma vaca num fundo de um corredor
Fui criado meio xucro, um pobre peão de estância
Venho curtido de estrada de tanto encurtar distância
Respeitando a minha estampa no amor pela Querência
Sou feito de pau a pique com o Rio Grande na consciência
Com o Rio Grande na consciência
Com o Rio Grande na consciência
Credits
Writer(s): Stelio Boach Cabrujas
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