Beira-Mar - Capítulo II

Quando o dia morre e a noite avança
Óh brisa marinha bafeja e murmura
Nos braços divinos da Santa Natura
A noite soturna tristonha descansa
O mundo adormece e o bar se balança
A lua de prata começa a brilhar
Jogando reflexos dourados no mar
Rasgando o véu negro que envolve o espaço

Guardando a metade do grande mormaço
Que agita as procelas na beira do mar

Em cima da Terra o mar permanece
Cheio de enigmas completo de enredos
Guardando mistérios e grandes segredos
Ciências ocultas que o chão desconhece

É bravo gigante que nunca adormece
Um minuto apenas não pode parar
A Terra girando suspensa no ar
Obriga que as águas se movam também
Sem obedecerem na terra a ninguém
Somente a Netuno que é mestre do mar

No mundo da gente qualquer ser humano
Que viva pisando no globo terrestre

É uma energia que para seu mestre

É só contemplar este grande oceano
Aonde o poder de um ser soberano
Está retratado sem nada faltar
Grandezas que o homem não pode imitar
Nem mesmo em oitenta milhões de semanas
Aonde a ordem supera as humanas
No céu e na terra e na beira do mar



Credits
Writer(s): Ze Ramalho
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