País do gelo
Lá vai a Nau Catrineta que tem tudo por contar
Ouve só mais uma história que vos vai fazer pasmar
Eram 1012 a bordo nas contas do escrivão
Sem contar os galináceos, sete patos e um cão
E era lista mui sortida de fidalgos passageiros
Desde mulheres de má vida a padres e mesteireiros
Iam todos tão airosos com seus farnéis e merendas
Mais parecia um piquenique do que a carreira das índias
Ao passar em Cabo Verde o mar deu em encrespar
Logo viram ao que vinham quando a Nau deu em bailar
Veio a cresta do Equador e o Cabo da Boa Esperança
Onde o velho Adamastor subiu o ritmo da dança
Foi tamanha a danação, foi puxado o bailarico
Quem sanfonava a canção era a mão do mafarrico
Tinha morrido o piloto e em febre o capitão ardia
Encantada pela corrente p'ra sul a Nau se perdia
Subia a conta dos dias, ficavam podres os dentes
E eram tantas as sangrias, morriam da cura os doentes
E o cheiro era tão mau e a fé tão vacilante
Parecia que a pobre Nau era o inferno de Dante
Com o leme sem governo e a derrota já perdida
Fizeram um auto de fé com as mulheres de má vida
E foram tirando à sorte quem havia de morrer
P'ra que o vizinho do lado tivesse o que comer
No céu três meninas loiras cantavam um cantochão
Todas vestidas de tule p'ra levar o capitão
No meio do seu delírio mostrou a raça de bravo
Teve ainda força na língua para as mandar ao Diabo
Neste martírio sem fim ficou o lenho a boiar
Até que um vento gelado a terra firme o fez varar
Que diria o escrivão se pudesse escrevinhar
Eram 1012 a bordo e 12 haviam de chegar
Ao grande país do gelo com 1000 cristais a brilhar
Onde a paz era tão branca só se quiseram deitar
Naqueles lençóis de linho à plumas acolchoados
E lá dormiram para sempre como meninos cansados
Ouve só mais uma história que vos vai fazer pasmar
Eram 1012 a bordo nas contas do escrivão
Sem contar os galináceos, sete patos e um cão
E era lista mui sortida de fidalgos passageiros
Desde mulheres de má vida a padres e mesteireiros
Iam todos tão airosos com seus farnéis e merendas
Mais parecia um piquenique do que a carreira das índias
Ao passar em Cabo Verde o mar deu em encrespar
Logo viram ao que vinham quando a Nau deu em bailar
Veio a cresta do Equador e o Cabo da Boa Esperança
Onde o velho Adamastor subiu o ritmo da dança
Foi tamanha a danação, foi puxado o bailarico
Quem sanfonava a canção era a mão do mafarrico
Tinha morrido o piloto e em febre o capitão ardia
Encantada pela corrente p'ra sul a Nau se perdia
Subia a conta dos dias, ficavam podres os dentes
E eram tantas as sangrias, morriam da cura os doentes
E o cheiro era tão mau e a fé tão vacilante
Parecia que a pobre Nau era o inferno de Dante
Com o leme sem governo e a derrota já perdida
Fizeram um auto de fé com as mulheres de má vida
E foram tirando à sorte quem havia de morrer
P'ra que o vizinho do lado tivesse o que comer
No céu três meninas loiras cantavam um cantochão
Todas vestidas de tule p'ra levar o capitão
No meio do seu delírio mostrou a raça de bravo
Teve ainda força na língua para as mandar ao Diabo
Neste martírio sem fim ficou o lenho a boiar
Até que um vento gelado a terra firme o fez varar
Que diria o escrivão se pudesse escrevinhar
Eram 1012 a bordo e 12 haviam de chegar
Ao grande país do gelo com 1000 cristais a brilhar
Onde a paz era tão branca só se quiseram deitar
Naqueles lençóis de linho à plumas acolchoados
E lá dormiram para sempre como meninos cansados
Credits
Writer(s): Carlos Alberto Gomez Monteiro, Manuel Guadencio Veloso Rui
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