Mobatala

Das mais hediondas e aterrorizantes
Raízes das dores da escravatura
Surgiu o oposto
Surgiu o contrário

De gosto e itinerário
Como aquela flor do lodo
Mas ao invés das flores de lodo
Que são brancas
Eram corações de cravos
Rosas e rubis vermelhos
Pulsantes, dentro de corpos negros
De ônix azuladas
De tanto negror da noite infinita
Infinita

Estrelada apenas com os brilhos
Das estrelas dos teus olhos
Com fulgor de gás neon
Com fulgor de gás neon
Trazendo sussuros de elétrons
Que se avistavam daqui...
O trio eletrônico fabrica atômico
Adrenalina como um tônico
Pra felicidade que vê
Toda vertigem e a viagem da velocidade...

Idiota, segundo os gregos
É aquele que fica parado num canto
Lá do Rio Amazonas
Vêm os defensores da floresta que nos resta
Da floresta que nos resta
O trio eletrônico fábrica atômico
Adrenalina como um tônico
Pra felicidade que vê
Toda vertigem e a viagem da velocidade

Daí se vê, saci-pererê
Daqui Odara
A capivara e no escuro delira o curupira
E do além, vem alguém que pula
É a mula sem cabeça...
Na terra do candomblé
Sob teto de Oxum e Olorum
Viva Cologé, Odara, Amém, Mobatalá
É o século vinte e um, Mobatalá
Todo o ouro de Oxum, Mobatalá
É o século vinte e um, Mobatalá
Odara, Odara, Odara, Odara
Odara, Odara, Odara, Odara, Odara
É o século vinte e um
Odara, Odara, Odara, Odara (É o século vinte e um)
Odara (É o século vinte e um)
Odara, Odara, Odara, Odara



Credits
Writer(s): Henrique Mautner, Toni Garrido, Paulo Gama, Bino Farias, / Lazao
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