Às vezes o amor
Que hei-de eu fazer
Eu tão nova e desamparada
Quando o amor
Me entra de repente
P'la porta da frente
E fica a porta escancarada
Vou-te dizer
A luz começou em frestas
Se fores a ver
Enquanto assim durares
Se fores amada e amares
Dirás sempre palavras destas
P'ra te ter
P'ra que de mim não te zangues
Eu vou-te dar
A pele, o meu cetim
Coração carmesim
As carnes e com elas sangues
Às vezes o amor
No calendário, noutro mês é dor
É cego e surdo e mudo
Às vezes o amor
No calendário, noutro mês é dor
É cego e surdo e mudo
E o dia tão diário disso tudo
E se um dia a razão
Fria e negra do destino
Deitar mão
À porta, à luz aberta
Que te deixe liberta
E do pássaro se ouça o trino
Por te querer
Vou abrir em mim dois espaços
P'ra te dar
Enredo ao folhetim
A flor ao teu jardim
As pernas e com elas braços
Às vezes o amor
No calendário, noutro mês é dor
É cego e surdo e mudo
Às vezes o amor
No calendário, noutro mês é dor
É cego e surdo e mudo
(Às vezes o amor)
E o dia tão diário disso tudo
Mas se tudo tem fim
Porquê dar a um amor guarida
Mesmo assim
Dá princípio ao começo
Se morreres só te peço
Da morte volta sempre em vida
Da morte volta sempre em vida
Às vezes o amor
No calendário, noutro mês é dor
É cego e surdo e mudo
Às vezes o amor
No calendário, noutro mês é dor
É cego e surdo e mudo
Às vezes o amor (às vezes o amor)
No calendário, noutro mês é dor
É cego e surdo e mudo
Às vezes o amor (às vezes o amor)
No calendário, noutro mês é dor
É cego e surdo e mudo
E o dia tão diário disso tudo
Da morte volta sempre em vida
Da morte volta sempre em vida
Da morte volta sempre em vida
Da morte volta sempre em vida
Da morte volta sempre em vida
Da morte volta sempre em vida (às vezes o amor)
Da morte volta sempre em vida
Da morte volta sempre em vida
Da morte volta sempre em vida
Da morte volta sempre em vida
Da morte volta sempre em vida
Da morte volta sempre em vida
Da morte...
Eu tão nova e desamparada
Quando o amor
Me entra de repente
P'la porta da frente
E fica a porta escancarada
Vou-te dizer
A luz começou em frestas
Se fores a ver
Enquanto assim durares
Se fores amada e amares
Dirás sempre palavras destas
P'ra te ter
P'ra que de mim não te zangues
Eu vou-te dar
A pele, o meu cetim
Coração carmesim
As carnes e com elas sangues
Às vezes o amor
No calendário, noutro mês é dor
É cego e surdo e mudo
Às vezes o amor
No calendário, noutro mês é dor
É cego e surdo e mudo
E o dia tão diário disso tudo
E se um dia a razão
Fria e negra do destino
Deitar mão
À porta, à luz aberta
Que te deixe liberta
E do pássaro se ouça o trino
Por te querer
Vou abrir em mim dois espaços
P'ra te dar
Enredo ao folhetim
A flor ao teu jardim
As pernas e com elas braços
Às vezes o amor
No calendário, noutro mês é dor
É cego e surdo e mudo
Às vezes o amor
No calendário, noutro mês é dor
É cego e surdo e mudo
(Às vezes o amor)
E o dia tão diário disso tudo
Mas se tudo tem fim
Porquê dar a um amor guarida
Mesmo assim
Dá princípio ao começo
Se morreres só te peço
Da morte volta sempre em vida
Da morte volta sempre em vida
Às vezes o amor
No calendário, noutro mês é dor
É cego e surdo e mudo
Às vezes o amor
No calendário, noutro mês é dor
É cego e surdo e mudo
Às vezes o amor (às vezes o amor)
No calendário, noutro mês é dor
É cego e surdo e mudo
Às vezes o amor (às vezes o amor)
No calendário, noutro mês é dor
É cego e surdo e mudo
E o dia tão diário disso tudo
Da morte volta sempre em vida
Da morte volta sempre em vida
Da morte volta sempre em vida
Da morte volta sempre em vida
Da morte volta sempre em vida
Da morte volta sempre em vida (às vezes o amor)
Da morte volta sempre em vida
Da morte volta sempre em vida
Da morte volta sempre em vida
Da morte volta sempre em vida
Da morte volta sempre em vida
Da morte volta sempre em vida
Da morte...
Credits
Writer(s): Sergio De Barros Godinho
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