Criado Em Galpão

Nasci na pampa azulada e da minha terra, sou peão
Estampa de índio campeiro que foi criado em galpão
Gosto do cheiro do campo e do sabor do chimarrão
E de dobrar boi brabo a pealo nos dias de marcação

Gosto de fazer um potro se cortar na minha chilenas
Pra sentir o sopro do vento me esparramando a melena
Pra sentir o sopro do vento me esparramando a melena

E o vento vem e só esparrama a melena de quem tem, né, companheiro?
É verdade
É o nosso caso

Meu sistema de gaúcho é mais ou menos assim
Uso um tirador de pardo arrastando no capim
Eu uso uma bombacha larga
Com o feitio do melhor pano (e o que mais?)
E um 30 ao correr da perna com um palmo e meio de cano

Gosto de fazer um potro se cortar na minha chilenas
Pra sentir o sopro do vento me esparramando a melena
Pra sentir o sopro do vento me esparramando a melena

Crinudo que sacode arreio
Engancho só na paleta (meta, meta porque a paleta)
Pois as esporas que eu uso têm veneno na roseta
Eu tenho um preparo de doma trançado com perfeição
Que é pra fazer qualquer ventena saber quem é este peão

Gosto de fazer um potro se cortar na minha chilenas
Pra sentir o sopro do vento me esparramando a melena
Pra sentir o sopro do vento me esparramando a melena

Capricha no fole véi' bagual pra essa moçada aí, companheiro

O dia que eu não puder aguentar mais o repuxo
Talvez o Rio Grande diga lá se foi mais um gaúcho
Mas enquanto eu tiver força, laço domo e tranço ferro (é ferro)
E na invernada do mundo, mais um rodeio eu encerro

Vamo cantar o refrão aí, moçada, vamo lá!

Gosto de (fazer um potro se cortar na minha chilenas) que bonito
Pra sentir (o sopro do vento me esparramando a melena)
Pra sentir o sopro do vento me esparramando a melena

Obrigado



Credits
Writer(s): Marcelo, Dametto
Lyrics powered by www.musixmatch.com

Link