Soldados

Esquecem tudo, esquecem a vida, esquecem a morte, esquecem o que devem fazer

Eu vim, como vários vieram
Vou morrer, como vários disseram! Eu sou o que?!
Vencedor de batalha
Soldado treinado pra nunca jogar a toalha!
Eu vim, como vários vieram
Vou morrer, como vários disseram! Eu sou o que?!
Vencedor de batalha

Soldado treinado pra nunca jogar a toalha!

Trago verdades densas em olhares profundos
Desde pequeno já sabia que era eu contra o mundo, da terra
De homem sem sombra e de problema acumulado
A vida me chama de drama e a rua de soldado
Angustia dos amigos, lagrima de mãe solteira
Carros andam como tanque e as esquina são trincheiras
No rufar dos tambores nós criamos coragem
Uns fecham corpo com oração, outros com tatuagem
Standards levam, brasões e laços de sangue
Soldados levam cicatrizes e sinais de gangue
Sobreviventes de um eterno coliseu
Tem como mantra a autoafirmação "A RUA SOU EU!"
Vida, igual o destino impreciso, incerto
Deuses da guerra sorriem, e a morte respira perto
Ambição no olhar, de quem só pensa em grana
Dispostos a meter bala igual Tony Montana
Seja bem vindo a savana da vida mais leviana
Olhares na persiana, alguns já tão em campana
Uns se afundam na lama
Abadia, Osama, só falta Brian de Palma pra dirigir esse drama
Brasil, igual faixa de gaza, soldado quase sem casa
Ferida vaza nas casa, esperança arrasa nos quase
Um milhão de kamikaze com uma lei
Morrer antes dos trinta, viver dez anos de rei
Triste é eu sei, eu vi acontecer
Menino bom resolver, ser Robin Hood de CG
Espetáculo triste entre esperança e desamores
Fita feita de GOE viaturas tricolores
Boto mó esperança na geração futura
Porque a minha geração morre com prata na cintura
Os herói por aqui, tiveram fim comovente
Se afogaram no próprio sangue entre nota e corrente
E antes que o dia acorde e o sonho saia do enredo
Meu castigo é viver pra ver os amigo ir mais cedo

Aprendi que medo, faz soldado perder a linha
Não escolhi ser da rua, sobreviver foi escolha minha!

Pega o patuá, vai, pede bença e vai pra guerra
Onde soldado guerreiro não vira verme na terra
Um vive, dois milhões de parceiros morrem
E quem vive é cabreiro, aperta o passo ou corre
Campos minados implantados, diversificados
Quem é certo ou errado, quem é vilão ou soldado?
Uns lutam pela pátria, outros pelo petróleo
Vários vão pela prata pra banhar seus acessórios
Polícia desacata, e o fim já é notório
Clik, clak, pooow, chama os parente pro velório
(SHIIIIU)
Silêncio o clima é sombrio
Ouvidos atentos ao barulho do assovio
As pernas tremem tio, o tempo para um segundo
Pouco tempo depois um míssil explodiu meio mundo
Fera presa na mente libera a fúria contida
Capaz de rir pela morte e chorar pela vida
Diz que quem morre tem sorte, alma viva é perdida
Eu rezo e prezo as famílias que ainda não foram atingidas
São vários moleques se perdendo na missão
Pena que a vida é brincadeira igual Comandos em Ação
Vai pra grupo, pensa que portar canhão é festa
No fim a Estrela não vai poder trocar suas peças
E eu, sigo mantendo o ataque preciso
Tenho mandinga da norte, e umas rimas de improviso
Fiz história na guerra, pus guerra na história
Agora entenda, fui sobrevivente virei lenda
Eu penso, resisto, insisto, dispenso, otário
Só com os verdadeiros eu venço
O clima é tenso, diz qual que é o seu preço, vacilão
Rapidinho aborta a missão
Condecorado como um soldado bravo, travo guerra, terra
Enfrento a morte me salvo e quem erra ferra
Quem luta quem vem, ligeiro ginga quem tem
Enfrento até Super Man, nóis que ta, nóis que tem hein

Té Saddam Hussein se viu enforcado
Nasci pra vencer batalha eu tenho sangue de soldado!
Filha da puta!

Eu vim, como vários vieram
Vou morrer, como vários disseram! Eu sou o que?!
Vencedor de batalha
Soldado treinado pra nunca jogar a toalha!
Eu vim, como vários vieram
Vou morrer, como vários disseram! Eu sou o que?!
Vencedor de batalha
Soldado treinado pra nunca jogar a toalha!



Credits
Writer(s): Leonardo Henrique Vereda Cunha, Marcello De Souza Dolme, Allan Tarcisyo Dos Santos Correia
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